CEMITÉRIO PORTUGUÊS DE BOULOGNE-SUR-MER PRECISA DE OBRAS URGENTES. Comparação com as campas da Commonwealth é cruel.

Memorial português da Grande Guerra e a parte do cemitério com 44 campas de soldados portugueses mortos pela França, em Boulogne-sur-Mer, precisam de obras, informa o jornal La Voix du Nord, num artigo com o título: « Le mémorial portugais de la Grande Guerre montre des signes de fatigue ». O Memorial já nem pode ser visto de perto, por razões de segurança.
O Memorial em honra dos portugueses foi inaugurado em 1938, mas tanto ele como as campas na parte portuguesa do cemitério sofrem da comparação  com as 5 821 pedras tumulares da Commonwealth que, segundo escreve o jornal, estão « impecáveis porque são regularmente arranjadas e embelezadas com flores pela Commonwealth War Graves Commission (CWGC) ».
« Ao lado, as 44 sepulturas portuguesas, agrupadas numa pequena parte do cemitério, sofrem com a comparação », lê-se no jornal. A relva tem sido cortada refularmente mas « o tempo faz a sua obra de desgaste », acrescenta La Voix du Nord.
O granito fissura-se e até os nomes dos soldados portugueses mortos durante a Primeira Grande Guerra Mundial estão a apagar-se, informa o jornal. 
Quanto ao Memorial, não é possível chegar perto dele desde há alguns meses, por razões de segurança. 
Segundo o jornal, uma senhora, de nome Helena, de Braga, escreveu, no dia 12 de agosto de 2017, o seguinte no Livro de Ouro do cemitério: « É triste ver como está hoje o monumento ». 
Recorde-se que os Presidentes Macron e Marcelo visitaram recentemente o cemitério de Richebourg, o mais importante cemitério português de França, mas não chegaram a ir ao de Boulogne-sur-Mer.
 
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