Chefes da diplomacia dos 27 analisam apoio à Ucrânia e alterações geopolíticas em África

Chefes da diplomacia dos 27 analisam apoio à Ucrânia e alterações geopolíticas em África

email sharing button
linkedin sharing buttonAlfa/ com Lusa
whatsapp sharing buttonOs ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se hoje na cidade espanhola de Toledo para discussões informais sobre o apoio à Ucrânia e a instabilidade em África, nomeadamente o golpe de Estado no Níger.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, participa no “Gymnich” – nome no jargão de Bruxelas pelo qual é conhecida esta reunião, que alude ao castelo perto de Colónia, na Alemanha, onde se realizou o primeiro encontro informal.

Os ministros discutirão e tentarão, possivelmente, chegar a um acordo político sobre o pacote de cinco mil milhões de euros anuais, a partir do próximo ano, para apoiar a Ucrânia.

Na quarta-feira, o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, explicou que o programa, incluído no Mecanismo Europeia de Apoio à Paz (MEAP), tem como teto os cinco mil milhões de euros por ano.

Borrell explicou que assim os 27 conseguem ir mais longe no apoio ao país invadido pela Rússia e que pode não ser necessário “gastar tanto” por ano, dependendo isso das necessidades da Ucrânia.

O assunto ainda não reúne consenso, mas para lá caminha. A Hungria está a ’empatar’ os progressos por causa de um diferendo com a Ucrânia, que incluiu algumas instituições, nomeadamente um banco, húngaras na ‘lista negra’ de patrocinadores da guerra que Moscovo iniciou há ano e meio.

Seguindo a lógico “360 graus” pela qual Portugal se tem batido, os 27 também deverão abordar o golpe de Estado no Níger de 26 de julho, que agravou a situação já instável na região do Sahel.

A UE reiterou em diversas ocasiões que vai apoiar quaisquer decisões tomadas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o chefe da diplomacia europeia anunciou a intenção de avançar com sanções contra Niamei, controlada por um junta militar que depôs o Presidente, Mohamed Bazoum.

Há ainda uma questão de última hora que poderá ser abordada: nas primeiras horas de quarta-feira, um grupo de militares levou a cabo um golpe no Gabão, agravando ainda mais a situação geopolítica em África, que assistiu a vários golpes nos últimos anos. Borrell não se alongou em comentários, pelo que hoje é possível que vá mais longe na maneira como os 27 planeiam agir.

A reunião realiza-se no âmbito da presidência espanhola do Conselho da UE.

Article précédentPortugal entra a vencer no Campeonato da Europa de voleibol
Article suivant« Perdemos tempo às vezes com coisas menores » – PR Marcelo e o beijo de Rubiales a uma futebolista