Chega vence em França e reforça nos principais destinos da emigração na Europa

Com a maioria dos consulados apurados, o Chega vencia, às 19.15 horas, com 28,17% dos votos Foto: Tiago Petinga/Lusa.

O Chega foi o partido mais votado em França, um dos destinos tradicionais da emigração portuguesa, tirando esta posição ao PS e conseguindo mais votos do que a coligação PSD/CDS e os socialistas juntos.

De acordo com os dados oficiais, o Chega obteve 28,85% dos votos em França, ficando à frente do PS (14,41%) e da coligação PSD/CDS (12,81%). Nas eleições do ano passado, o PS foi o partido mais votado neste país, com 18,59% dos votos, ficando à frente do Chega (16,75%) e da AD (12,63%).

Na Suíça, outro país europeu com forte presença de emigrantes portugueses, o Chega reforçou a liderança, obtendo 45,72% dos votos, contra 32,62% em 2024. Na segunda posição ficou a coligação PSD/CDS, tal como a AD em 2024, e o PS em terceiro lugar, igual ao que conseguiu no ano passado.

No Reino Unido, o Chega venceu com 16% dos votos, destronando assim o PS que em 2024 ficou em primeiro lugar, com 15,22% da votação. Em segundo lugar ficou o PS (13,21%) e a coligação PSD/CDS (13,07%).

No Luxemburgo, o Chega também lidera, reforçando a votação: 31,27%, contra 19,61% em 2024. A coligação PSD/CDS manteve a segunda posição e o PS a terceira.

Com a maioria dos consulados apurados, o Chega vencia, às 20.15 horas (horas em Paris), com 28,17% dos votos, seguindo-se a coligação PSD/CDS (15,02%) e o PS (13,03%).

Os resultados apontam para a eleição de dois deputados da coligação PSD/CDS (um pela Europa e outro por Fora da Europa) e dois do Chega (um por cada círculo também).

 

Deputado eleito pelo Chega considera que portugueses não querem socialismo.

O deputado Manuel Magno Alves (Chega) considerou hoje que a vitória do seu partido pelo círculo da emigração é uma mensagem clara de que os portugueses “não querem mais o socialismo ».

Em declarações à agência Lusa, o deputado agora reeleito pelo círculo Fora da Europa, disse que esta vitória demonstra que os portugueses querem continuar a contar com um representante que seja efetivamente emigrante.

“Não é como um partido que também elegeu um deputado pela emigração e que há muitos anos elege um deputado que não é emigrante e nunca foi emigrante”, disse, numa referência a José Cesário, eleito pelo PSD por Fora da Europa.

Sobre a vitória do Chega, que às 19:55 contava com 27,10% dos votos, disse que é uma mensagem clara dos portugueses, de que não querem mais o socialismo e sim “um Portugal para os portugueses”.

Além de Manuel Magno Alves, o Chega elegeu o deputado José Dias Fernandes pelo círculo da Europa.

Eleito pela coligação PSD/CDS para o círculo de Fora da Europa, José Cesário disse à Lusa que este foi “um voto de confiança” às posições destes partidos, mas também “um sinal de preocupação”.

“Sabemos ler os números e sabemos que há muita gente que está insatisfeita, por várias razões. Ao longo deste ano trabalhámos muito, ao nível do Governo, para resolver alguns problemas, mas sabemos que ainda há muitos por resolver”, afirmou.

E prosseguiu: “A maior parte das nossas comunidades é constituída pelos lusodescendentes, mas eles todos têm problemas específicos a que é preciso dar respostas. Temos dado algumas, mas é preciso dar muito mais”.

Sobre o facto de o Chega subir a principal partido da oposição, Cesário disse que se avizinha um momento “particularmente desafiante”.

“O que importa é que os partidos da Aliança Democrática mantenham a sua postura dialogante, humilde, de trabalho, que implica conversar com todos e chamar todos para um esforço coletivo, que é o que importa, que é o esforço de afirmação de Portugal no mundo e que seja um país com mais desenvolvimento, uma economia mais forte que mantenha os nossos jovens cá”, acrescentou.

Pela Europa, a coligação PSD/CDS elegeu José Manuel Fernandes.

 

Com Imprensa/RTP/JN/Lusa.

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