Chega vence entre os homens que não têm curso superior, AD registou a maior subida no eleitorado com 55 ou mais anos…

Person voting

O sistema partidário mudou profundamente em Portugal na sequência das eleições legislativas, que ditaram a vitória da AD e o empate entre PS e Chega, que disputam a liderança da oposição. Os resultados o país já conhece. O que falta compreender é como os portugueses votaram. Ou seja, quem votou em que partidos. Resposta com a SIC Notícias.

O estudo « As bases sociais do novo sistema partidário português, 2022-2025 », da autoria de Pedro Magalhães e João Cancela, revela as preferências dos eleitores portugueses, segmentados por género, idade, escolaridade e geografia, nas últimas três eleições.

Luís Montenegro dedicou uma parte considerável da campanha a falar para os reformados. Chegou a dizer que a AD fez as pazes com os pensionistas. E parece que tem razão. A Aliança Democrática registou a maior subida na faixa etária mais velha, ultrapassando o PS no eleitorado com 55 ou mais anos. É o grupo etário que tem maior resistência ao Chega, que ainda assim cresceu em todos os grupos sociais.

O Chega, que já era o partido mais votado em 2024 entre os homens com menos de 35 anos, reforça nas eleições deste ano a sua força junto do eleitorado masculino. O partido de André Ventura é o mais votado pelos homens até aos 55 anos e lidera entre os homens que não têm curso superior.

A Iniciativa Liberal e o Livre, quarto (5,53%) e quinto (4,20%) partidos mais votados, têm maior tração no eleitorado jovem e já ameaçam a posição do Partido Socialista nessa faixa etária. A IL supera o PS entre os homens dos 18 aos 24 anos. Já nas mulheres mais jovens, o Livre luta pela terceira posição com os socialistas.

O PS está a cair a pique entre os eleitores com mais baixas qualificações (menos que secundário), onde era historicamente forte. Desde 2022, os socialistas já perderam mais de 20% dos votos desse grupo. Continuam a liderar, mas são seguidos de perto pela AD e pelo Chega, que já passaram à frente na preferência dos que completaram o secundário.

Já a AD tem grande popularidade (quase 40%) entre os que têm instrução superior, enquanto o PS soma pouco mais de 20%. O Chega situa-se ligeiramente acima dos 10%, assim como a Iniciativa Liberal.

Rádio Alfa com SIC Notícias

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