O selecionador nacional de snowboard, Nuno Marques, disse que Christian de Oliveira, o único português a participar nos Campeonatos do Mundo, que decorre nos Estados Unidos, « fez (ontem terça-feira) história ».
O luso-australiano, de 19 anos, terminou a prova de slalom paralelo na primeira metade da tabela, no 19.º lugar, entre 53 atletas, durante os campeonatos que decorrem até 10 de fevereiro em Park City, Estados Unidos.
Na prova de slalom gigante paralelo, o representante luso, nascido na Austrália, mas filho de pai português, terminou no 35.º posto, entre 56 concorrentes.
Nuno Marques, mais conhecido como « Mancha », elogia as capacidades do snowboarder e acentua ser um atleta ainda muito novo para a disciplina em que compete, embora « com uma mente muito forte ».
Para o selecionador português, este é « um marco histórico », por antever ser o início de um percurso promissor do luso-autraliano.
« Ele compete com atletas com uma média de idades de cerca de 30 anos e tem 19. Tenho a certeza de que estamos perante um futuro atleta olímpico, que vai trazer muitas alegrias a Portugal », realça « Mancha ».
Christian de Oliveira é o primeiro português a disputar um Mundial de snowboard e já tinha, no ano passado, sido o primeiro atleta nacional da modalidade a participar no Campeonato do Mundo de juniores, na Nova Zelândia, no qual foi nono classificado no slalom gigante paralelo.
Pedro Farromba, presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), chama a atenção para Christian de Oliveira ser um dos mais jovens em prova e mostra-se « muito satisfeito » com os resultados de um atleta « com uma enorme margem de progressão ».
« Ele tem uma margem de progressão gigantesca e fez resultados que nos deixam com uma grande vontade de continuar a trabalhar. Tem tudo para ser um atleta olímpico e para ser uma figura do snowboard a nível mundial », enfatiza Pedro Farromba, em declarações à agência Lusa.
« É importante que estes atletas se possam preparar para os Jogos Olímpicos de 2022 e tenham um tempo de preparação que nos permita ter mais atletas e com melhores resultados », vincou o presidente da FDIP, à Lusa.
Alfa/Lusa/RTP.