Ciclone Idai mata 200 pessoas em África. Muita destruição e morte em Moçambique

Número de mortos devido à passagem do ciclone Idai por África aumentou para 200. O número de vítimas mortais aumentou em Moçambique, Zimbabué e Malaui, de acordo com dados divulgados domingo pela Organização das Nações Unidas. A cidade da Beira, em Moçambique, está parcialmente destruída.

Alfa/com agências

No Zimbabué, o número provisório de mortos ascende a 64, em Moçambique a 73 e no Malaui a 56, segundo os governos locais, citados pela agência EFE.

Os números podem ainda aumentar nos três países, onde 1,6 milhões de pessoas vivem em áreas afetadas pelo vento e chuvas fortes, de acordo com dados da UNICEF.

O ciclone atingiu a cidade da Beira, uma das maiores de Moçambique, na quinta-feira, tendo seguido depois para oeste, em direção ao Zimbabué e ao Malaui, afetando mais alguns milhares de pessoas, em particular nas zonas orientais da fronteira com Moçambique.

Casas, escolas, empresas, hospitais e esquadras ficaram destruídas. Milhares de pessoas foram afetadas pelas inundações e abandonaram os seus pertences na busca de segurança em terrenos mais elevados.

Em Moçambique, a prioridade « é resgatar as pessoas que estão por cima das árvores, por cima das casas » nas zonas alagadas que cobrem quase toda a região, disse Rita Almeida, dirigente do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), à televisão estatal.

Rita Almeida referiu que o socorro prestado pelo INGC e parceiros, como as agências das Nações Unidas, tem sido limitado devido à destruição das vias de acesso e falta de redes de comunicações.

A cidade da Beira, capital provincial de Sofala e uma das principais do país, está parcialmente destruída, continua sem eletricidade e comunicações e está desde sábado isolada por terra devido ao corte de vários troços da estrada nacional 6, alguns dos quais arrastados pelas correntes.

A via é a espinha dorsal do centro de Moçambique e liga o porto da Beira aos países do centro da África Austral, nomeadamente ao Zimbábue.

A ONU e os seus parceiros humanitários em Moçambique pediram um levantamento de 40,8 milhões de dólares (cerca de 36 milhões de euros), a fim de fornecer ajuda urgente a este país, embora ainda não tenha sido possível estimar com exatidão os danos causados pela passagem do ciclone.

 

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