Conselho de Segurança da ONU condena assassínio de jornalista palestiniana em declaração unânime
Iniciada pelos Estados Unidos, a declaração do Conselho de Segurança foi aprovada por unanimidade na sexta-feira e refere também um outro jornalista, que ficou ferido em Jenin, no mesmo incidente, acrescentaram as mesmas fontes, citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A declaração exige ainda « um inquérito imediato, aprofundado, transparente e imparcial » sobre o homicídio.
O documento sublinha « a necessidade de garantir a responsabilização » do ou dos autores, de acordo com o texto obtido pela AFP.
A declaração lembra que « os jornalistas devem ser protegidos enquanto civis », mas não menciona os confrontos ocorridos na sexta-feira, no funeral da jornalista, entre polícias israelitas e palestinianos.
Shireen Abu Akleh, jornalista de dupla nacionalidade palestiniana e norte-americana, foi morta na quarta-feira com um tiro na cabeça, quando fazia a cobertura de uma operação militar israelita no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.
Inicialmente, Israel afirmou que Shireen « tinha provavelmente sido atingida » por um tiro palestiniano, mas posteriormente, o Estado hebraico não descartou a possibilidade de ter sido alvejada por um disparo de soldados israelitas.
A Autoridade Palestiniana, a cadeia de televisão Al-Jazeera e o Governo do Catar acusaram o exército israelita de ter matado a jornalista.