Clima/COP26. “É tempo de dizer basta”, estamos a “cavar a nossa própria sepultura”, alertou António Guterres.
Líderes mundiais e activistas continuam reunidos numa cimeira sobre o clima com perspetivas muito moderadas, mas deixaram apelos de urgência e propostas no arranque da reunião mundial sobre o clima. “Ainda estamos a caminho de uma catástrofe”, disse o secretário-geral da ONU.
A 26ª cimeira mundial sobre o clima foi aberta em Glasgow pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com apelos e alertas à urgência em tomar medidas.
A seguir falou Guterres, com palavras duras: “Estamos a cavar as nossas sepulturas” se mantivermos a dependência dos combustíveis fósseis, reforçando a imagem de insustentabilidade da contínua dependência de combustíveis fósseis num mundo a aquecer de forma insustentável.
O chefe da ONU lembrou que os seis anos que medeiam entre a cimeira de Paris e a de Glasgow foram os mais quentes de que há registos, que o nível médio do mar continua a subir, que os oceanos estão a aquecer e a ficar saturados, que a floresta Amazónica já liberta mais carbono do que o que absorve, e que nos estamos a aproximar de pontos sem retorno e de uma cascata de eventos extremos.
A COP26 é considerada a Cimeira do Clima mais importante desde o Acordo de Paris, de 2015, e Guterres voltou a frisar que “caminhamos para a catástrofe climática”, se nada for feito para travar o “desastre”.
O secretário geral da ONU também sublinhou que está com “o exército de jovens ativistas”, que nas ruas clama por menos palavras e mais ação, já. E terminou o discurso, dizendo que espera que os líderes presentes em Glasgow escolham “a ambição e a solidariedade para salvar a humanidade”.
à cimeira faltaram líderes de grandes potências, como da China, Rússia e Brasil.