Costa afirma que estão asseguradas as necessidades de financiamento de Portugal
António Costa falava em São Bento, em conferência de imprensa, após ter sido confrontado com o facto de o Governo ter comunicado ao presidente do PSD, Rui Rio, na quarta-feira, que as necessidades de financiamento do Estado Português rondam os 13 mil milhões de euros até ao final do ano.
Sem falar em valores, o primeiro-ministro garantiu que as necessidades de financiamento do Estado Português « estão asseguradas, felizmente ».
« Neste momento, todas as condições de financiamento da economia portuguesa estão asseguradas, o que se tem traduzido numa evolução muito positiva da taxa de juro [a 10 anos] da República. Depois de num momento inicial desta crise [da covid-19] ter registado uma trajetória de alta, foi a seguir devidamente controlada pela intervenção do Banco Central Europeu, estabilizando essa pressão », observou o líder do executivo.
Segundo o primeiro-ministro, nas últimas semanas, a evolução da taxa de juro portuguesa « tem continuado a ser muito positiva ».
« Hoje, voltámos a ter uma taxa de juro abaixo da espanhola, o que não acontecia desde o início da crise. Isso significa que os mercados estão tranquilos e confiantes sobre a capacidade de financiamento da República », acrescentou.
Na conferência de imprensa, António Costa considerou que o « reembolso do IRS tem vindo a decorrer normalmente, e assim continuará ».
Neste ponto, o líder do executivo remeteu os jornalistas para um comunicado hoje emitido pelo Ministério das Finanças sobre esse assunto, « dando nota de quanto já foi devolvido até ao momento ».
« Não há um problema, há a devolução normal do IRS. Como é sabido, os meses de março e abril foram particularmente perturbantes nas nossas vidas e isso refletiu-se também no ritmo de tratamento e de processamento das devoluções », alegou.