Cimeira da CPLP assinala passagem de testemunho para São Tomé e Príncipe com aposta na juventude
No momento em que os países começam a sentir os efeitos do acordo de mobilidade – que facilita vistos nacionais e teve início em janeiro deste ano – e depois da aposta no pilar económico por parte de Angola, é a vez de São Tomé trazer as políticas de juventude e o combate às alterações climáticas para focos da organização.
Com um total de sete chefes de Estado e três primeiros-ministros presentes – só Moçambique e Timor-Leste não se fazem representar ao mais alto nível -, a cimeira irá aprovar a entrada do Paraguai como país observador associado e vai escolher quem terá a nova presidência.
Até ao momento, apenas a Guiné Equatorial e a Guiné-Bissau se mostraram disponíveis para acolher a presidência da CPLP.
Para o Governo de Malabo, esta seria a conclusão de um processo de integração na comunidade que considera ter sido eficaz e adequado, apesar de vários analistas insistirem nos problemas de direitos humanos e na falta de democracia.
Da parte de Portugal, estarão presentes o Presidente da República (Marcelo Rebelo de Sousa), o primeiro-ministro (António Costa) e o ministro dos Negócios Estrangeiros (João Gomes Cravinho).
Mas a cimeira regista também o regresso do Brasil às cimeiras, através do seu Presidente, um sinal da aposta na diplomacia do atual chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva, que só chegará hoje a São Tomé, vindo de Luanda.
A sessão solene de abertura, com participação de observadores associados e outros convidados, está agendada para as 10:15 locais (menos uma hora em Lisboa), com a intervenção breve do Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, e o discurso de balanço da presidência angolana, através do chefe de Estado, João Lourenço.
Ao longo dos trabalhos da manhã, em vários momentos à porta fechada, o Governo são-tomense irá apresentar as prioridades da sua presidência e o atual secretário executivo da CPLP, Zacarias da Costa, deverá ser reeleito.
O prémio José Aparecido de Oliveira será entregue a João Lourenço pela presidência são-tomense, que irá concluir os trabalhos com um discurso e uma conferência de imprensa.