O primeiro-ministro, António Costa, desloca-se na terça-feira a Paris, onde terá um almoço de trabalho com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e participará na inauguração de três eventos culturais da Temporada Cruzada Portugal França 2022.
Segundo fonte do Governo, este almoço com o chefe de Estado francês será fechado à comunicação social.
Numa deslocação em que estará acompanhado pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, António Costa visita a exposição “A idade de ouro da renascença portuguesa” no Museu do Louvre.
Depois, o primeiro-ministro irá ao Centro Pompidou, onde visita a exposição coletiva intitulada “O resto é sombra” dos artistas Pedro Costa, Rui Chafes e Paulo Nozolino.
Ainda durante a sua presença na capital francesa, o líder do executivo português estará na exposição “Gulbenkian na privacidade de um colecionador”, no Hotel de la Marine.
De acordo com o Governo, a Temporada Cruzada Portugal-França 2022 resultou de um acordo entre o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente Emmanuel Macron, para realizar um vasto programa de intercâmbio cultural, simultaneamente em Portugal e em França, com o objetivo de aprofundar a ligação cultural entre os dois países.
Num texto sobre a Temporada Cruzada Portugal-França 2022, o primeiro-ministro refere que em Lisboa, em julho de 2018, o Presidente Emmanuel Macron e ele próprio manifestaram “o desejo de organizar e realizar um vasto programa de intercâmbio cultural, a decorrer simultaneamente em Portugal e na França entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro semestre de 2022”.
“A escolha da data não era um mero acaso: de um modo simbólico, ela procurava estabelecer uma ponte entre o período que mediava o final da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia e a presidência francesa”, assinala o primeiro-ministro.
Para António Costa, a ideia de Europa está “no coração” desta Temporada Cruzada Portugal-França, que foi adiada para o início para fevereiro de 2022 por causa da pandemia da covid-19.
Esta iniciativa, segundo o primeiro-ministro, “constitui uma oportunidade única para ampliar a presença de Portugal em França e de França em Portugal através de uma programação pluridisciplinar conjunta em torno de prioridades partilhadas, designadamente a defesa da igualdade de género, a sustentabilidade e a preservação ambiental, e, ainda, uma Europa mais unida e mais inclusiva”.
“Não se trata de uma descoberta mútua de dois países porque, felizmente, Portugal e a França há muito são amigos e aliados e as suas relações caracterizaram-se por uma grande coincidência de interesses e pela partilha de valores comuns. De todos os laços que aproximam Portugal e a França, a dimensão cultural assume um papel privilegiado”, sustenta António Costa.
“Sendo um referente artístico e literário para Portugal desde há séculos, a França foi também um importante país de acolhimento e espaço para a promoção universal da obra de muitos artistas portugueses”, acrescenta o primeiro-ministro no mesmo texto.
António Costa salienta ainda a importância da presença em França de “uma vasta comunidade de cidadãos portugueses que desempenham um papel relevante na vida política, social, cultural e económica do país que os acolheu”.
“Esses homens e mulheres, que contribuem para a diversidade de que se alimentam a sociedade e a cultura francesas, são o melhor exemplo da verdadeira reciprocidade que existe entre os nossos dois países”, considera o líder do executivo.
Com Agência Lusa.