Alfa – com informação oficial e imprensa
A reunião do Conselho de Ministros de hoje, sexta-feira, em Lisboa, deverá antecipar em duas semanas o alívio das regras – alívio que estava previsto para entrar em vigor a partir de 5 de Setembro.
Com efeito, a barreira dos 70% (de pessoas com vacinação completa) fora apresentada pelo primeiro-ministro António Costa, em julho, como a meta para o arranque da segunda fase do desconfinamento, que estava então previsto para 5 de setembro. O cumprimento da meta leva agora, certamente, à antecipação das medidas previstas para esta segunda fase, uma decisão que será tomada num Conselho de Ministros extraordinário, marcado ontem para esta sexta-feira.
Entre as regras restritivas que vão ser aliviadas antecipadamente figuram os serviços públicos, que passarão a funcionar sem marcação prévia, até agora obrigatória, e os transportes públicos que deixam de ter limites de lotação.
Os restaurantes, cafés e pastelarias terão um limite máximo de oito pessoas por grupo no interior e 15 pessoas por grupo em esplanadas. Espetáculos culturais, bem como casamentos e batizados, poderão realizar-se com 75% da lotação (neste momento, os espetáculos culturais estão limitados a 66% da lotação, e os casamentos e batizados a 50%). As discotecas continuam encerradas e mantém-se a proibição de festas e romarias populares.
Outra medida que está prevista para a segunda fase é o fim da obrigação do uso de máscara ao ar livre. Mas esta alteração não vai avançar já porque o Conselho de Ministros não tem poderes para revogá-la, dado que se trata de uma medida aprovada pela Assembleia da República. O uso de máscara na rua (quando não seja possível o distanciamento de dois metros) está em vigor até 12 de setembro e não é provável que venha a ser alterada antes, dado que o Parlamento só regressa ao trabalho, em pleno, a 15 de setembro.
Depois desta fase que deverá ser analisada hoje, haverá provavelmente mais cedo do que previsto uma terceira, que pressupõe a vacinação completa de 85% da população portuguesa, o nível a que, segundo as autoridades, será atingida a imunidade de grupo.
A ministra Marta Temido admitiu ontem esse cenário numa entrevista à SIC: « Tínhamos fixado a meta de 85% da vacinação para o final de setembro. Estamos a verificar que está a ser possível atingir metas mais cedo do que era previsto. Se assim for, e a situação evoluir favoravelmente, olharemos para a realidade. As restrições foram sempre proporcionais às restrições que enfrentamos, portanto, se pudermos avançar para um alívio, fá-lo-emos ».
A última etapa que corresponderá quase à normalidade da vida dos portugueses antes da pandemia: os restaurantes, cafés e pastelarias deixarão de ter limite máximo de pessoas por grupo, quer no interior quer em esplanadas; os espetáculos culturais e eventos como casamentos e batizados deixarão de ter limite de lotação; e as discotecas poderão reabrir, um ano e meio depois de terem fechado portas devido à pandemia (mas a entrada deverá ficar condicionada à apresentação de um teste negativo ou do certificado digital de vacinação).