O cônsul-geral de Portugal em Paris, Carlos Oliveira, afirmou que não houve « acréscimo » de casos sociais devido à pandemia, mas salientou que os serviços consulares estão « atentos » às diferentes situações no seio da comunidade.
« Nós não tivemos acréscimo de casos sociais. Não é um eco que tenhamos aqui e constituiu uma das preocupações desde o início », afirmou o diplomata em entrevista à Agência Lusa.
O Consulado Geral de Portugal em Paris tem um atendimento presencial da Segurança Social e, segundo Carlos Oliveira, está « atento » ao que acontece na comunidade portuguesa em França neste período de pandemia e de crise económica que também atingiu o país.
« O nosso serviço social continua a trabalhar plenamente e está atento às situações que nos chegam aqui. Venham elas pelos próprios, pelos familiares dos próprios ou pelas associações », esclareceu.
Quanto às associações portuguesas em França, o diplomata indicou que também não tem recebido muitos pedidos de ajuda com urgência para este tipo de estruturas.
« Eu não tive pedidos das associações, salvo pontualmente, a manifestarem a sua enorme dificuldade. Até porque as associações estão habituadas à dificuldade », sublinhou Carlos Oliveira.
Dentro dos apoios possíveis às associações por parte do Governo português, está o programa de fundos da Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas a diferentes atividades ligadas a Portugal e para 2021, o Consulado geral de Paris deu luz verde a 35 candidaturas.
« Foram rececionados 35 processos para terem apoio para o ano. Isso significa que o mecanismo de apoio às associações está a funcionar », referiu o diplomata.
Carlos Oliveira chegou a Paris no início deste ano, mas no final dos anos 90 já tinha tido uma experiência diplomática em França como cônsul em Versalhes, junto à capital.
Ainda com pouco contacto com a comunidade devido à pandemia que impediu a realização dos grandes eventos que marcam o calendário português em França, Carlos Oliveira considera que há agora no país « uma normalização do ser português ».
« Nesse tempo todo, há uma mudança de geração e ela nota-se. […] Havia uma proximidade de Portugal que era muito funcional, mas não passava disso. Hoje há uma curiosidade sobre Portugal que é muito bem vinda e uma normalização do ser português em França o que é positivo », concluiu.
Com Agência Lusa (Catarina Falcão).