Covid-19: « Estou seguro que vamos ser o principal produtor de máscaras » europeu – João Neves
O secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, afirmou hoje estar seguro « neste momento » que Portugal vai ser « o principal produtor de máscaras a nível europeu » para o futuro.
João Neves falava na comissão parlamentar de Economia e Finanças, no âmbito de uma audição dos secretários de Estado do Ministério da Economia e da Transição Digital sobre Orçamento do Estado Suplementar para 2020.
« Estou seguro neste momento que nós vamos ser o principal produtor de máscaras a nível europeu para o futuro », salientou o governante, apontando tratar-se de « máscaras mais sofisticadas ».
« Estou seguro pelos investimentos que nós já fizemos » e que « vamos manter para o futuro », acrescentou.
Na audição, o secretário de Estado Adjunto e da Economia referiu que na segunda-feira tinha tido a « oportunidade de ver » com o ministro do Planeamento um investimento de « 12 milhões de euros de uma empresa internacional » em Portugal que permite fazer 12 milhões de máscaras profissionais « a partir daqui para as necessidades do Serviço Nacional de Saúde e para exportação ».
Relativamente ao ‘lay-off’ simplificado, o governante referiu que « 0,5% dos pedidos de acesso foi feito por grandes empresas », com 95% entre micro e pequenas e médidas empresas e só apenas 0,5% de grandes empresas.
Sobre o programa Adaptar, João Neves explicou aos deputados que este tem duas componentes, uma exclusivamente para as microempresas, e a outra, que ainda está em funcionamento, à qual também estas empresas podem aceder.
« Vamos continuar a desenvolver apoios específicos para este tipo de empresas e aquilo que inscrevemos no Programa de Estabilização Económica e Social é, em relação ao programa Adaptar, uma previsão de um orçamento adicional de 50 milhões de euros este ano e 50 milhões de euros no próximo ano », acrescentou.
O comércio digital tem um orçamento de 40 milhões de euros, a que se junta ainda o fundo de modernização do comércio, de 47 milhões de euros.
Em resposta ao CDS-PP, referiu que os números relativos aos pagamentos em atraso de entidades públicas – de pagamentos além do prazo estabelecido contratualmente entre as empresas e o Estado – ascenderam a 476,7 milhões de euros no final de abril.
Tal representa « uma diminuição de 345 milhões m relação ao período homólogo », apontou.