Covid-19/França
Desconfinamento progressivo. Museus, cafés, restaurantes e teatros fechados até junho
Alfa/Expresso (adaptação). Por Daniel Ribeiro
Primeiro-ministro, Édouard Philippe: “vamos ter de viver com o vírus entre nós”. Anuncia desconfinamento “geográfico” mais facilitado em regiões menos atingidas e reabertura de escolas, sob condição, a partir de 11 de maio. Experimentação e testes até 7 de maio poderão adiar reabertura de escolas e comércios de proximidade. Centros comerciais continuam fechados.
Se abrirem, como previsto no plano anunciado, as escolas terão de respeitar um máximo de 15 alunos por aula e máscaras serão obrigatórias para os alunos e professores, salvo para as crianças do pré-escolar.
Numa declaração de uma hora, na Assembleia Nacional, o chefe do Governo francês indicou que o lema é “proteger, testar e isolar”.
Uso de máscaras passará a ser obrigatório nos transportes, em espaços públicos e nos táxis e veículos de aluguer sem distintivo.
Comércios de “proximidade” vão abrir a partir de 11 de maio, incluindo as célebres feiras de rua nas cidades, mas será obrigatório o distanciamento social de pelo menos um metro entre as pessoas e o uso de máscara pelos clientes é recomendada.
Sobre a reabertura de cafés, restaurantes, cinemas, teatros e museus decisão será tomada no fim de maio. Campeonatos de futebol e outros acontecimentos desportivos só terão lugar em setembro.
Nos funerais serão aceites no máximo 20 pessoas depois de 11 de maio e o PM pediu que festas de casamentos sejam adiadas. Não terão lugar também cerimónias religiosas com presença de fiéis, em França, até dois de junho.
Manifestações estão proibidas em França até nova ordem.
Nos transportes públicos são obrigatórias regras de distanciamento – metros, comboios, autocarros, elétricos circularão com metade da lotação habitual e as máscaras serão obrigatórias.
Quando às visitas a idosos, Édouard Philippe pediu “paciência” e anunciou que serão tomadas precauções para as “visitas privadas”.
Praias francesas estarão fechadas até dois de junho e parques e jardins apenas serão abertos partir de 11 de maio mas só nas zonas geográficas menos atingidas pelo vírus.
Num tom grave, Édoaurd Philippe acrescentou que o teletrabalho é para continuar e que se mantêm restrições à circulação de pessoas, mesmo depois de 11 de maio. Sublinhou aliás que o fim parcial do confinamento previsto para este dia só acontecerá depois de estudos feitos alguns dias antes.