Covid-19: França com 17.615 novos casos e 292 mortes em 24 horas
Com os novos números, o total acumulado de casos do novo coronavírus em França ultrapassou os 2,4 milhões, situando-se mais precisamente em 2.409.062, enquanto o de óbitos subiu para 59.361.
A pressão sobre os serviços de reanimação nas unidades de cuidados intensivos continua a diminuir ligeiramente, baixando de 2.871, na terça-feira, para 2.840 hoje.
O segundo confinamento, iniciado a 30 de outubro, foi levantado terça-feira e acabou por ser transformado num recolher obrigatório, que vigora entre as 20:00 e as 06:00 locais.
Também ontem, no Parlamento, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou que a campanha de vacinação em França, se se cumprirem todas as condições, vai começar na última semana deste mês, com a primeira fase a prolongar-se por seis a oito semanas, estimando-se que seja possível vacinar um milhão de pessoas, na grande maioria idosas.
Castex falava na Assembleia Nacional francesa tendo ao seu lado o ministro da Saúde, Olivier Veran, para tentar ultrapassar as reticências de parte significativa da população em relação à eficácia das vacinas.
A segunda fase, prosseguiu, será desenvolvida em função da capacidade de armazenamento das vacinas, uma vez que se espera vacinar cerca de 14 milhões de franceses considerados vulneráveis por razões de saúde ou por antecedentes médicos e ainda todos os profissionais de saúde.
“No final da primavera, abriremos a vacinação ao conjunto da população”, disse Castex, recordando que, dentro das compras conjuntas realizadas pela União Europeia (UE), a França, com uma população de cerca de 67 milhões de habitantes, deverá receber 1,16 milhões de vacinas antes do final do ano.
Segundo Castex, a 05 ou 06 de janeiro, a França deverá receber outras 677.000 doses suplementares e, em fevereiro, mais 1.6 milhões.
No total, a França encomendou cerca de 200 milhões de doses para vacinar cerca de 100 milhões de pessoas, uma vez que a vacina necessita de duas doses com várias semanas de intervalo.
“Nenhuma vacina, nem sequer nas residências [de idosos] se dará sem o consentimento informado das pessoas”, garantiu o primeiro-ministro francês, assegurando também que a chegada das vacinas “marcará uma inflexão” na luta contra a pandemia.
“Mas o início da campanha de vacinação não significa o fim da pandemia”, pelo que “será sempre necessário e indispensável” manter as políticas de contenção e com as restrições.
A esse propósito, Castex confirmou que, a 07 de janeiro próximo, quando ficarem disponíveis os primeiros resultados do comportamento da pandemia durante as férias de Natal e do Ano Novo, irá ser analisada a reabertura de cinemas, teatros, museus e salas de espetáculo, entre outras medidas, sobretudo para os setores que deveriam ter reaberto as portas na passada quarta-feira.
Castex explicou que consultou os diferentes partidos políticos franceses e que “a grande maioria” deles se manifestou a favor de “descartar toda e qualquer ação coerciva” para obrigar ao isolamento das pessoas que obtiveram resultados positivos ao novo coronavírus.
É por isso que as coisas não ficarão como estão e que não haverá sanções para quem não respeitar.
No entanto, a Previdência Social vai contratar 4.000 pessoas para acompanhar os casos positivos e seus contactos, prestando ajuda aos mais necessitados.
A partir de janeiro, será feita uma visita domiciliária a quem tiver tido um resultado positivo para avaliar as necessidades, o que irá mobilizar diariamente 1.500 enfermeiras e 3.000 outros funcionários da Previdência Social.