Covid-19/França/Portugal. Crise: Hotéis fecham em série por falta de clientes

Devido à crise provocada pela pandemia de Covid-19, a consequente falta de turistas e aos confinamentos, hotéis fecham uns a seguir aos outros e alguns nunca mais reabrirão nem em França nem em Portugal.

Alfa

Basta andar atento nas cidades e fazer algumas perguntas para constatar a dimensão da crise. Em Paris, o Timhotel Tour Eiffel (quatro estrelas) está fechado desde o dia 11 de outubro. Em Lisboa, o moderno Inspira Santa Marta (quatro estrelas) está fechado desde março.

Outros aguentam-se o melhor que podem e, por exemplo, para tentarem não fechar portas, muitos quatro estrelas de Paris praticam preços dos de duas estrelas. Mesmo assim têm muito poucos clientes, como acontece no Golden Tulip Washington Opera (quatro estrelas).

É um período de crise sem precedentes em toda a Europa no ramo da hotelaria. Pierre-Frédéric Roulot, presidente do grupo Louvre Hotels (10 mil hotéis, 19 mil assalariados em 120 países), diz que no continente europeu vão desaparecer, com esta crise, entre 20 a 30 por cento dos hotéis (provocando uma onda assinalável de desemprego e de planos sociais no setor).

Em Portugal, as perspetivas também são catastróficas. Além dos já encerrados, « centenas de estabelecimentos vão fechar » brevemente e sem data para voltarem a reabrir, informava há dias o Jornal de Notícias.

Em França são as regiões turísticas as mais atingidas, a começar por Paris. Em Portugal também. Além de Lisboa, a crise na hotelaria atinge também de forma aguda particularmente o Porto e o Algarve.

Grupos até agora fortes do setor também não escapam e responsáveis da hotelaria e turismo indicam que muitos dos hotéis poderão não reabrir mesmo no próximo verão…

Fotos: dois hotéis de quatro estrelas fechados – um de Lisboa outro de Paris: 

 

 

 

« Reaberturas antes do próximo verão? Acho difícil. Antes do final do primeiro trimestre será mesmo impossível. Janeiro e fevereiro já eram meses fracos e agora ainda mais, devido à pandemia », refere António Condé Pinto, presidente-executivo da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo.

 

Le président du groupe Louvre Hotels (Campanile, Kyriad, Royal Tulip…), filiale du groupe chinois Jin Jiang International (10 000 hôtels, 19 000 salariés dans 120 pays), a pourtant le sourire. Il est persuadé que les difficultés actuelles vont entraîner une restructuration en profondeur. « En Europe, entre 20 et 30 % de l’hôtellerie va disparaître. »

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