Covid-19: Itália reabre fronteiras com União Europeia a 3 de junho sem quarentena
O diploma legal determina ainda que a partir da mesma data será permitida a deslocação entre as diferentes regiões.
O decreto acrescenta que as viagens a partir de e para o estrangeiro poderão apenas estar limitadas por medidas governamentais dos outros países e pelo “cumprimento das restrições decorrentes da regulamentação da União Europeia e de obrigações internacionais”.
É uma medida que tem como objetivo recuperar os fluxos turísticos no país durante o verão, e que tem sido fortemente apoiada pelos ministros da Cultura, dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus.
Além disso, facilitará o reencontro das numerosas famílias separadas pelo bloqueio fronteiriço, aplicado desde março.
A proibição de mobilidade será limitada às pessoas que testem positivo para o coronavírus ou que se estejam em quarentena.
Por outro lado, a partir da próxima segunda-feira, dia 18 de Maio, serão levantadas todas as restrições à circulação dentro da mesma região.
Até agora, só era permitido sair de casa para comprar comida, trabalhar, em situações de emergência e, recentemente, para visitar familiares ou praticar desporto.
Contabilizando 223.000 infetados e 31.600 mortos, Itália prepara-se para abrir a partir de segunda-feira todas as empresas do país, tais como centros comerciais, lojas, cabeleireiros e o setor da restauração, incluindo tais bares e restaurantes, cuja abertura estava prevista para 1 de Junho.
Estas medidas terão de ser adotadas com base num protocolo de segurança que o Governo acordou com as regiões na sexta-feira. Muitos comerciantes italianos manifestaram-se preocupados com a falta de indicações a apenas três dias do regresso à atividade.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 304 mil mortos e infetou perto de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 118 mil contra mais de 164 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.