Covid-19/França. Novas infeções mantêm-se altas no fim de semana. Restrições na fronteira com a Alemanha

Covid-19: Novos casos de contágio em França descem abaixo dos 20.000

 

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Alfa/com Lusa/AFPtwitter sharing button
email sharing buttonO número de novos casos diários de infeção com covid-19 registado neste domingo em França caiu ligeiramente abaixo de 20.000, num dia em que também houve menos mortes em hospitais, segundo as autoridades de saúde.

Em França, nas últimas 24 horas, registaram-se 19.952 novos casos de contaminação, fazendo subir o total para 3.755.968, desde o início da pandemia.

Os números de fim-de-semana tendem a ser menores, por causa do menor número de testes, mas mantém-se, de qualquer forma, a tendência de queda dos últimos dias, com 23.996 novos casos no sábado e 25.207 na sexta-feira.

Na quarta-feira, porém, houve um pico de 31.519 novos casos de infeção, o mais elevado número desde novembro.

O número de mortes com covid-19 também caiu para 122, após 186 óbitos no sábado e 286 na sexta-feira, totalizando 86.454 pessoas que perderam a vida com esta doença.

No que se refere à pressão sobre os hospitais, o número de doentes aumentou para 25.280, face aos 24.989 no sábado.

Da mesma forma, o número de pacientes em unidades de cuidados intensivos aumentou – mantendo a tendência de vários dias – para 3.492, 39 a mais do que no dia anterior.

Entre 15 e 20% da população francesa já está imunizada contra o novo coronavírus, segundo o diretor-geral de Saúde, Jérôme Salomon.

Em França, até hoje, 2.967.937 pessoas receberam pelo menos uma dose de vacina contra o novo coronavírus, para um universo de 67,4 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 4,4% da população.

Fronteira com a Alemanha

Entretanto a França conseguiu concessões da Alemanha nas restrições nas fronteiras.

Covid-19: França consegue concessões da Alemanha nas restrições de fronteiras

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email sharing buttonCom efeito, a França conseguiu que a Alemanha faça algumas concessões para os seus trabalhadores transfronteiriços que poderiam ver a sua vida dificultada com o novo regime de restrições nas fronteiras que vigora a partir de terça-feira.

O secretário de Estado francês dos Negócios Estrangeiros, Clément Beaune, disse que os trabalhadores transfronteiriços do departamento de Moselle (cerca de 16.000 nesta região do centro do país) terão de fazer um teste ao novo coronavírus quando forem trabalhar na Alemanha, a cada 48 horas e não a cada 24 horas conforme anunciado originalmente.

Por outro lado, a esses trabalhadores bastará um resultado negativo no teste de antígeno, que é mais rápido e fácil de realizar, embora seja menos fiável.

“Conseguimos evitar o encerramento da fronteira e isso foi importante”, disse Beaune, que insistiu na ideia de “um enorme esforço” na coordenação com as autoridades alemãs.

A Alemanha tinha avisado que limitaria as entradas no seu território a partir de Moselle, obrigando à apresentação de um teste de covid-19 negativo, alegando que considera que este departamento territorial se encontra em situação de risco máximo devido ao elevado índice de incidência da doença e por causa do elevado nível de algumas estirpes de alto risco.

As restrições inicialmente anunciadas, mesmo para os trabalhadores transfronteiriços – um teste com resultado negativo feito no máximo 24 horas antes de cruzar a fronteira – são as mesmas já impostas pelos alemães às pessoas que vêm de outras regiões fronteiriças da Áustria e da República Checa para aqueles que também se encontrem em situação de risco máximo.

Questionado sobre o tratamento favorável que a França parece ter obtido para Moselle, Beaune disse que esperava que os alemães replicassem as mesmas regras com esses outros países também.

Em janeiro, Alemanha e França tinham anunciado uma política de fronteiras mais restritivas, sobretudo com países não pertencentes à União Europeia, mas admitiram regimes mais flexíveis nas suas fronteiras terrestres comuns.

A partir de 15 de março de 2020, e durante mais de dois meses, as fronteiras terrestres entre a França e a Alemanha ficaram fortemente condicionadas, embora ambos os governos insistissem na ideia de que elas não tinham sido fechadas, permitindo sempre a circulação de trabalhadores transfronteiriços e de transportes de mercadorias.

“Temos uma cooperação transfronteiriça muito ativa na sociedade, na economia, na educação, na cultura e também no campo da saúde. Queremos manter isso vivo na Europa”, concluíam os governadores regionais no comunicado de outubro do ano passado.

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