Covid-19. OMC e OMS pedem que países pobres tenham acesso às vacinas

O novo apelo acaba de ser feito pela dirigente da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala. Para ela, a OMC deve favorecer o acesso dos países pobres às vacinas.

« Penso que a OMC deve contribuir mais para a resolução da pandemia de covid-19 ajudando a melhorar o acesso dos países pobres às vacinas », disse a líder da OMC.

Ngozi Okonjo-Iweala acrescentou ainda que esta organização internacional deve preocupar-se com o seu principal objetivo, o « de melhorar os níveis de vida » nos países pobres.

Também a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu já, designadamente a cinco de fevereiro, aos países ricos para partilharem as vacinas com os mais pobres.

« Quanto mais tempo levarmos a garantir a imunização global, mais oportunidades daremos ao vírus de sofrer mutações que possam escapar à eficácia das vacinas », declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

 

« O número de vacinados contra a covid-19 já superou o número de novas infeções em todo o mundo. É uma conquista notável em tão pouco tempo, mas a maioria das doses foram distribuídas em poucos países. Mais de três quartos dos vacinados estão em apenas 10 países, que respondem por 60% do PIB mundial. Em quase 130 países, mais de 2,5 biliões de pessoas ainda não receberam uma única dose », frisou então o dirigente da OMS em conferência de imprensa.

Além disso, o responsável pediu às empresas farmacêuticas que colaborassem entre si para conseguir uma « fabricação em massa de vacinas ».

« Aplaudimos os fabricantes que se comprometeram, por exemplo, a vender as suas vacinas a um determinado custo. Mas os fabricantes podem fazer mais. Encorajamos todos os fabricantes a partilhar as informações da vacina com a OMS mais rapidamente para que possamos revê-las e incluí-las na lista de autorização de uso de emergência », apelou.

 

Ouça aqui, sobre este assunto, a crónica de opinião, de hoje, de Daniel Ribeiro:

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