Artistas independentes, técnicos e entidades culturais sem fins lucrativos podem concorrer, a partir de hoje, ao apoio de emergência criado pela Fundação Calouste Gulbenkian, por causa da pandemia da Covid-19.
A fundação revelou hoje que abriu o concurso para apoiar os profissionais de cultura, das áreas da música, dança, teatro e artes visuais, “que se viram privados de rendimento em virtude da suspensão da sua atividade”, por causa das medidas restritivas para conter aquela doença.
De acordo com o regulamento, será dado um apoio financeiro até 2.500 euros para artistas, profissionais e técnicos a título individual, e até 20 mil euros para estruturas de produção artística.
Serão beneficiados os candidatos que comprovarem, com documentação, que a sua atividade cultural foi cancelada como consequência das medidas impostas pela pandemia Covid-19.
A fundação sublinha que podem candidatar-se os profissionais “mais jovens que exercem atividade há menos tempo”, “trabalhadores independentes há pelo menos seis meses” e técnicos especializados “contratados para concertos, espetáculos ou exposições, alvo de cancelamento”.
“As estruturas de produção artística” sem fins lucrativos também podem candidatar-se para “assegurar a manutenção dos postos de trabalho e as condições para um rápido retomar das atividades”, refere a fundação.
Os candidatos podem submeter candidaturas até 06 de abril.
Este apoio faz parte do Fundo de Emergência que a Fundação Calouste Gulbenkian criou, com um total de cinco milhões de euros, “para dar resposta à pandemia provocada pelo coronavírus” nas áreas da Saúde, Ciência, Sociedade Civil, Educação e Cultura.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 697 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 33.200.
Em Portugal, segundo o balanço mais recente da Direção-Geral da Saúde, registaram-se 119 mortes e 5.962 casos de infeções.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Alfa/Lusa