Covid-19/Portugal. Forte polémica. Vacina: DGS coloca idosos como última prioridade

DGS propõe vacinar idosos em quinto lugar.

A notícia está a provocar forte polémica em Portugal e vem hoje no semanário Expresso (que voltou a ser publicado à sexta-feira devido ao confinamento durante o fim de semana).

Diz o jornal que um « documento de trabalho prevê que o maior grupo de risco seja protegido no fim de todos os prioritários ».

« Profissionais de saúde e funcionários dos lares serão os primeiros », acrescenta o semanário.

« O plano preliminar da Direção-Geral da Saúde (DGS) para vacinar os portugueses contra o novo coronavírus, ainda em discussão, coloca a população mais vulnerável à infeção no final da lista de prio­ridades. Segundo o documento de trabalho, os maiores de 65 anos devem ser protegidos depois de quatro grupos na primeira linha, incluindo as pessoas saudáveis e com uma idade menos avançada, entre os 60 e os 64 anos », explica o jornal.

O Expresso indica que a proposta foi apresentada pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública da semana passada e provocou indignação.

« Alguns dos 22 peritos pediram até que o plano preliminar fosse ignorado de imediato », informa o jornal. “Jamais deveria ter sido apresentado, ali ou em parte alguma. É chocante que o grupo de risco mais referido surja no último lugar”, afirmou ao Expresso um dos presentes, que pediu anonimato face ao dever implícito de sigilo.

Degundo o plano de Graça Freitas na lista das pessoas a vacinar estão em primeiro « os profissionais de saúde mais expostos ao vírus, seguidos pelos funcionários dos lares; em terceiro lugar, a população dos 50 aos 59 anos com fatores de risco, como os doen­tes crónicos; depois, os portugueses dos 60 aos 64 sem comorbilidades, e, por fim, os idosos a partir dos 65 anos. Vacinados estes grupos, seguir-se-ão os restantes portugueses, ainda sem ordem definida ».

Artigo para ler na íntegra em versão online (expresso.pt) ou na edição já à venda nas bancas.

Article précédentCovid-19/França. Mais 339 mortos em 24h
Article suivantOnline. Abertas as inscrições para os « États Généraux de la lusodescendance ». Amanhã, 28