Pandemia agrava-se em Portugal com mais cerca de 10 mil novos casos pelo segundo dia consecutivo. Hoje, relatório da Direção Geral de Saúde, DGS, regista mais 9927 casos positivos e 95 mortes.
Situação levou esta tarde o Primeiro-ministro António Costa a admitir necessidade de um novo confinamento (mas com escolas abertas).
Para já, circulação foi proibida este fim-de-semana entre quase todos os concelhos do país.
Este é o segundo dia com maior número de casos desde o início da pandemia, depois de ontem, 6 de janeiro, Portugal ter registado um recorde diário de 10.027 novos casos de infeção com o novo coronavírus.
Governo decidiu alargar restrições a todos os concelhos com mais de 240 novos casos por 100 mil habitantes – medida só não se aplica em 25 concelhos. Novas restrições podem chegar para a semana, anunciou o PM.
“As medidas que temos adoptado não são suficientes », admitiu António Costa em conferência de imprensa.
Pode ser decidido um agravamento das restrições na próxima semana e até um novo confinamento.
Eleições presidenciais mantêm-se
Questionado sobre o impacto das novas restrições na realização da campanha eleitoral e das eleições presidenciais, que se realizam a 24 de Janeiro, António Costa quis “deixar claro” que “a lei do estado de emergência, que vigore desde 1986, não permite qualquer tipo de restrição à actividade política”. Por isso, não haverá nenhuma interdição às campanhas eleitorais, ainda que espera que todos os candidatos ajustem a sua campanha eleitoral “às circunstâncias próprias” que o país atravessa.
Ainda assim, o primeiro-ministro está confiante de que “existem condições” para que as eleições se realizem com toda a segurança, dando o exemplo das eleições regionais dos Açores.