Covid-19/Portugal. Ministro avisa emigrantes que não devem fazer reuniões para « matar saudades »

O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, durante a audição na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa, 14 de fevereiro de 2017. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, revelou que foram efetuadas 27 detenções em Portugal por crime de desobediência e que forças de segurança não permitirão ajuntamentos de pessoas « nem em cidades nem em aldeias ».

Numa curta conferência de imprensa, na noite desta terça-feira, 24, o ministro referiu-se explicitamente aos emigrantes que regressaram a Portugal recentemente, durante a atual crise sanitária, dizendo que eles devem respeitar a quarentena, as recomendações das autoridades e que não devem sequer fazer reuniões ou jantares de família para « matar saudades ».

As notícias sobre a forma negativa (designadamente com festas e reuniões de família) como os emigrantes se têm comportado em Portugal durante a atual crise sanitária criaram algum espanto no país.

« Emigrantes devem manter o mesmo distanciamento social que os residentes em Portugal têm mantido de forma rigorosa », afirmou o ministro.

Governantes e diplomatas têm aliás pedido com insistência aos portugueses residentes no estrangeiro que não regressem ao país (ler artigos relacionados nesta página e ouça a Rádio Alfa).

Nas suas declarações Eduardo Cabrita sublinhou que as regras impostas pelo Estado de Emergência continuam a ser desrespeitadas, em certos locais, em Portugal.

Além dos 27 detidos, houve ainda 274 estabelecimentos que foram encerrados por violar a obrigação de suspensão de atividade.

Eduardo Cabrita fez estas declarações durante uma conferência de imprensa, ao princípio da noite, no final da segunda reunião da Estrutura de Monitorização do estado de emergência, em Lisboa.

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