O caso português « não é milagre, é fruto de muito esforço » e de os políticos terem ouvido especialistas, mostrado unidade e travado « o combate das suas vidas », disse esta noite o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país.
O estado de emergência foi prolongado e vai continuar em vigor em Portugal até 2 de maio.
Nos « esforços », Marcelo inclui o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República, mas também todos os partidos, o Parlamento, bem como os parceiros económicos e sociais. No primeiro momento « não se opuseram » às medidas e « isso ficará para a História ».
Logo a abrir a sua comunicação ao país, nesta quinta-feira, 16, à noite, o PR agradeceu aos portugueses do estrangeiro por terem adiado as férias da Páscoa em Portugal. « Eles responderam » (positivamente), disse o Presidente.
« Não queremos morrer na praia »
O PR acrescentou que, para entrar em maio entre « dever e esperança », é preciso primeiro consolidar os objetivos e « preparar cuidadosamente uma saída da crise que gere confiança ».
« Confiança é a palavra chave », sublinhou.
É preciso « resistir » e não « perder maio ». « Como diz o povo, nós não queremos morrer na praia », afirmou o chefe de Estado português.