Covid-19/Portugal. O « milagre português ». Marcelo agradece a emigrantes terem adiado férias da Páscoa

O caso português « não é milagre, é fruto de muito esforço » e de os políticos terem ouvido especialistas, mostrado unidade e travado « o combate das suas vidas », disse esta noite o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país.

O estado de emergência foi prolongado e vai continuar em vigor em Portugal até 2 de maio.

Nos « esforços »,  Marcelo inclui o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia da República, mas também todos os partidos, o Parlamento, bem como os parceiros económicos e sociais. No primeiro momento « não se opuseram » às medidas e « isso ficará para a História ».

Logo a abrir a sua comunicação ao país, nesta quinta-feira, 16, à noite, o PR agradeceu aos portugueses do estrangeiro por terem adiado as férias da Páscoa em Portugal. « Eles responderam » (positivamente), disse o Presidente.

« Não queremos morrer na praia »

Marcelo Rebelo de Sousa invocou o que alguns comentadores no estrangeiro descrevem como o « milagre português » dizendo que tudo dependerá agora do que se conseguir « alcançar » até ao fim de abril e do bom senso com que se vai gerir uma « reabertura sedutora mas complexa » da economia e da atividade comercial.

O PR acrescentou que, para entrar em maio entre « dever e esperança », é preciso primeiro consolidar os objetivos e « preparar cuidadosamente uma saída da crise que gere confiança ».

« Confiança é a palavra chave », sublinhou.

É preciso « resistir » e não « perder maio ». « Como diz o povo, nós não queremos morrer na praia », afirmou o chefe de Estado português.

« Desejo, todos desejamos, que seja a última declaração do estado de emergência », afirmou o presidente da República.
Article précédentCovid-19: Mais 417 mortos em França, total quase nos 18 mil
Article suivantCovid-19: PM Costa quer reabrir creches e atendimento presencial nos serviços do Estado em maio