Covid-19. Restaurantes irão reabrir a medir a temperatura aos clientes – Expresso
AHRESP discutiu com o Governo condições para retoma da atividade e fez um guia de boas práticas que prevê zonas de isolamento e formas de atuar em casos suspeitos
A restamedição da temperatura corporal, dos trabalhadores e dos clientes, é uma das novas « regras de controlo de entrada » que os restaurantes preparam para o momento de reabertura, em que terão de funcionar abaixo da capacidade e cumprir normas de distanciamento social entre as pessoas.
O sector de restaurantes e cafés estão a ser fortemente afetados com a pandemia do coronavírus, e as condições em que poderão voltar a abrir ao público foram objeto de discussão entre a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e o Governo, numa reunião em que participou António Costa, Primeiro-Ministro, Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, Rita Marques, secretária de Estado de Turismo, e António Sales, secretário de Estado da Saúde.
No momento de reabertura uma das áreas críticas é a da limpeza e desinfeção, ficando os restaurantes sujeitos a uma série de requisitos que se estenderão à preparação e confeção de alimentos, serviço de mesa, self-service de comida e ‘buffets‘, além de condições em que deverão decorrer as entregas de comida em ‘take away’.
Apoiar os restaurantes na compra de medidores de temperatura corporal que serão necessários para clientes e trabalhadores nestas novas circunstâncias, a par de equipamentos de proteção individual e fardamento do pessoal, foi um ponto vincado pela AHRESP na reunião com o Governo. Segundo a associação, foi ainda enfatizado que as condições para os restaurantes poderem reabrir também envolvem « apoios às empresas, particularmente no que diz respeito à manutenção dos postos de trabalho », além da definição de regras específicas nas áreas da saúde, higiene e segurança para clientes, trabalhadores e instalações ».
A AHRESP preparou para os associados um ‘Guia de Boas Práticas’ detalhando as formas em que deverão funcionar no momento de reabertura, designadamente ao nível de organização dos espaços, capacidade máxima, formação específica para trabalhadores e empresários. Este guia inclui recomendações específicas aos restaurantes sobre « procedimentos em caso suspeito », devendo para tal haver uma « zona de isolamento e um plano de contingência ».
O Guia de Boas Práticas elaborado pela AHRESP para a retoma gradual dos restaurantes ainda com a pandemia ativa vai ser validado pela ASAE, a Direção-Geral de Saúde, a Secretaria de Estado do Turismo e a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). De acordo com a associação, servirá de suporte ao « selo distintivo » que será criado para os restaurantes no objetivo de « transmitir confiança aos consumidores » e garantir que « as regras de funcionamento estão em conformidade com as disposições legais ».
Os apoios pedidos pela AHRESP ao Governo « são essenciais às empresas, que terão fortes constrangimentos na retoma gradual da sua atividade », conforme frisa a associação, lembrando que no período de retoma os restaurantes irão ter menos faturação, pelo que destes apoios dependem « a continuidade da atividade das empresas e manutenção dos postos de trabalho ».