Covid-19. Alemanha prepara dose de reforço para as pessoas mais vulneráveis e Israel já está a dar terceira dose da vacina a maiores de 60 anos
O plano, que prevê igualmente a recomendação da vacinação de crianças e adolescentes entre os 12 e os 17 anos, foi elaborado por funcionários do Ministério da Saúde e deve ser finalizado numa reunião agendada para esta segunda-feira entre o ministro Jens Spahn e os titulares da pasta da Saúde nos 16 Estados regionais da Alemanha.
Em causa está o envio de equipas móveis de vacinação a estabelecimentos residenciais para idosos para a administração de vacinas com a tecnologia mRNA, ou seja, Pfizer/BioNTech e Moderna, independentemente da vacina administrada anteriormente a estes utentes.
Os médicos poderão também dar uma dose de reforço aos idosos e pacientes com sistemas imunitários comprometidos.
Segundo o documento, alguns estudos recentes demonstraram a redução progressiva do nível de imunidade contra a covid-19 conferida pela vacinação, o que poderá colocar novamente em risco as pessoas mais vulneráveis.
Apesar de ter uma taxa de incidência mais baixa do que a maioria dos países europeus, a Alemanha tem registado um aumento de casos nas últimas semanas devido à disseminação da variante Delta do vírus SARS-CoV-2.
Simultaneamente, as autoridades germânicas manifestaram alguma preocupação com o abrandamento da vacinação, num momento em que somente 52% dos alemães estão totalmente vacinados, e, por isso, querem também abrir todos os centros de vacinação do país aos jovens entre 12 e 17 anos. As escolas e universidades poderão igualmente organizar vacinações.
No sábado, o ministro da Saúde alemão revelou através da rede social Twitter que um em cada cinco jovens na faixa etária dos 12-17 anos já tinha recebido uma primeira dose da vacina.
« Há vacinas suficientes para todos os grupos etários: todos os que quiserem podem ser vacinados », afirmou Jens Spahn.
De acordo com a informação avançada pelo Instituto Robert Koch, a entidade encarregada de controlar e combater epidemias na Alemanha, foram registados 2.097 novos casos e uma morte nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o país já registou mais de 3,7 milhões de casos e 91.659 óbitos.
. Israel
Israel é o primeiro país do mundo a aplicar a terceira dose da vacina da Pfizer à população com mais de 60 anos. Os especialistas decidiram que esta é a via para reduzir os riscos das novas variantes que podem afetar a população adulta israelita.
Segundo informou a cadeia televisiva portuguesa, SIC Notícias, o objetivo é aumentar os anticorpos que nos protegem do covid-19. Por agora a administração da terceira dose é só para pessoas com mais de 60 anos. A única condição é que tenham sido vacinados com a segunda dose há, pelo menos, cinco meses.
O Presidente de Israel Isaac Herzog foi o primeiro cidadão do mundo a ser vacinado, junto a sua esposa Michal no hospital Sheba de Telavive. O Primeiro Ministro Naftali Bennett acompanhou o presidente, mas ainda não foi vacinado por ter só 49 anos.
O Governo de Israel decidiu acelerar esta nova operação de vacinação para tentar travar o número de infetados com a variante Delta que aumenta todos os dias. Já alcançou mais de 2.000 pessoas diariamente.
Testes serológicos realizados recentemente mostram que a maioria dos adultos israelitas tiveram uma redução drástica no número de anticorpos depois de meio ano. A decisão de avançar com a terceira dose da vacina provocou controvérsia dentro e fora do país.
A estratégia israelita é conviver com a pandemia da melhor maneira possível. Os médicos não têm a certeza se a terceira dose seja a tática correta, mas pelo menos estão convencidos de que não causará danos.