O boletim da DGS à lupa: número de mortos volta a subir e concelho de Lisboa regista o maior aumento de casos – um trabalho do Expresso, por Margarida Mota.
Pandemia continua concentrada na área metropolitana de Lisboa. Do total de casos ativos de covid-19 em Portugal, 96,6% estão a receber tratamento em casa
Um dia após se ter registado apenas uma vítima mortal por covid-19 em Portugal, a curva descendente da mortalidade inverteu-se e, este sábado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) noticiou a existência de mais sete vítimas mortais nas últimas 24 horas.
Segundo o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, há também um total de 36.463 casos confirmados (+283) e 22.438 pacientes recuperados (+238). Quanto ao número de óbitos é agora de 1512.
A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que desperta mais preocupação no país. O concelho de Lisboa registou um aumento de 49 novos casos de infeção (tem agora um total de 2852), seguido de Sintra com mais 47 (1886 casos), Loures com 41 (1424) e Amadora com 40 novos casos (1226).
Na conferência de imprensa habitual, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, informou que 96,6% dos casos ativos estão a receber tratamento em regime de domicílio e 3,4% estão internados — 2,8% em enfermarias e 0,6% em cuidados intensivos.
O governante informou ainda que 83% dos profissionais de saúde infetados com o novo coronavírus (mais de 2900 pessoas) já venceram a doença e voltaram aos seus serviços.
O boletim da DGS aborda ainda o impacto da pandemis por faixa etária. O grupo entre os 40 e os 49 anos de idade é aquele que regista um maior número de infeções (2655) entre os homens, enquanto entre as mulheres há mais casos entre os 50 e os 59 anos (3471).
Já ao no nível da mortalidade, a faixa etária mais atingida é a superior a 80 anos: morreram 440 homens e 578 mulheres.