O futebolista português Cristiano Ronaldo saiu do Real Madrid por já não sentir que era um jogador “indispensável” do clube e assumiu que o caso da alegada violação nos Estados Unidos está a afetar a sua vida.
“Claro que essa história interfere na minha vida. Tenho uma namorada, quatro filhos, uma família que é muito próximo de mim. Sempre tive uma reputação de ser uma pessoa exemplar. Eu sei quem sou e o que fiz. A verdade será conhecida um dia”, disse Cristiano Ronaldo.
Esta declaração faz parte de uma entrevista que o capitão da seleção portuguesa concedeu à revista francesa France Football, que será publicada na integra na terça-feira.
Ronaldo abordou a sua saída do Real Madrid e aponta o ‘dedo’ ao presidente Florentino Pérez, pela forma como alterou o seu comportamento e deixou de considerar o avançado como a grande figura do clube.
“Senti que já não me tratavam, sobretudo o presidente, como no princípio. Nos primeiros quatro, cinco anos, senti que era o Cristiano Ronaldo. Depois disso, menos. Deixei de ser indispensável e sentia que se chegasse uma proposta, o presidente não me impediria de sair”, explicou o jogador de 33 anos.
Ronaldo acrescentou que rejeitou ofertas milionárias da China e que optou pela Juventus por ter sido o único clube que demonstrou que realmente o queria contratar.
“Se fosse uma questão de dinheiro, teria ido para a China, onde me ofereciam cinco vezes mais. Não vim para a Juventus por causa do dinheiro. Ganhava o mesmo no Real Madrid, até mais. A Juventus desejou-me de verdade. Disseram-me isso e demonstraram-me isso”, disse.
Alfa/Lusa.