Cristina Ferreira volta à TVI. Vai ganhar mais de 200 mil euros/mês. Transferência envolve 7 milhões de euros

Cristina Ferreira volta à TVI para ser acionista e diretora de entretenimento, SIC “lamenta a decisão abrupta e surpreendente”

ANA BAIÃO

“Trata-se de um regresso à casa mãe, com funções distintas e um projeto ambicioso ao qual era impossível dizer que não”, justifica a apresentadora. A SIC já reagiu e “informa que reserva todos os seus direitos em face desta situação”

 

Cristina Ferreira regressa à TVI como accionista e administradora: transferência envolve 7 milhões de euros

 

O regresso da apresentadora à “casa de origem”, agora como responsável pelo entretenimento e ficção e até dona de uma quota, acontece dois anos depois da sua saída. Cristina Ferreira só falou no assunto na SIC porque foi confrontada esta manhã com o rumor. Admitiu e apresentou a renúncia ao contrato.

 

Cristina Ferreira

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Cristina Ferreira MIGUEL MANSO

Numa decisão que a SIC disse ser “unilateral”, “abrupta e surpreendente”, Cristina Ferreira anunciou esta sexta-feira a saída da estação para regressar à TVI, onde, além de assumir funções como diretora de entretenimento e ficção, deve ainda tornar-se accionista da Media Capital (a dona do canal de Queluz). O regresso também já tem data marcada: 1 de setembro.

A mudança foi confirmada ao final da tarde desta sexta-feira pela apresentadora através de um comunicado enviado às redações pela sua agência. “Trata-se de um regresso à casa mãe, com funções distintas e um projeto ambicioso ao qual era impossível dizer que não. É uma escolha conduzida pelo afecto com a firme vontade de contribuir para recolocar a TVI no coração de todos os portugueses”, diz Cristina Ferreira. “Neste momento de saída, não posso deixar de agradecer à SIC, à sua administração, a oportunidade que me foi concedida e a possibilidade de trabalhar com profissionais de exceção. O meu muito obrigada a todos. A SIC é uma estação de televisão de referência, onde fui muito bem acolhida e para a qual formulo votos de maior sucesso profissional para o futuro”, pode ainda ler-se na nota.

Pouco depois, também a SIC divulgou um comunicado em que refere a desilusão com a decisão de Cristina Ferreira, que põe “termo ao contrato que a vinculava até 30 de novembro de 2022”. “A SIC lamenta a decisão abrupta e surpreendente, mas apesar da desilusão, quer agradecer o trabalho de Cristina Ferreira desenvolvido ao longo deste curto mas intenso período, no seio de uma equipa vencedora, que continuará a empenhar o seu talento e profissionalismo para merecer a confiança do público”, lê-se na nota. “A SIC informa ainda que reserva todos os seus direitos em face desta situação.”

Também a Media Capital deu entretanto conhecimento do acordo com Cristina Ferreira para dirigir o departamento de entretenimento e ficção da TVI. “Este regresso à sua casa de sempre enche-nos de satisfação. Cristina Ferreira é querida dos portugueses e esta contratação reforça a estratégia do Grupo Media Capital de estar mais próximo das suas audiências, enriquecendo as áreas de Entretenimento e de Ficção do Canal”, disse em comunicado Manuel Alves Monteiro, administrador-delegado do grupo Media Capital, que confirmou ainda que a apresentadora “manifestou já junto da Prisa a intenção de adquirir uma participação no capital social da empresa”. “A concretizar-se, esse facto reforçará a ligação de Cristina ao Grupo e dará um significado ainda mais profundo a este regresso à TVI”, acrescentou.

O regresso de Cristina Ferreira à TVI aconteceu quase dois anos depois de a apresentadora ter deixado o canal de Queluz e ter assinado contrato com a SIC. O anúncio foi feito a 22 de agosto de 2018 e era então a maior transferência da história da televisão portuguesa. Além de assumir a condução de “O Programa da Cristina”, era consultora executiva da direção-geral de entretenimento do canal, liderada por Daniel Oliveira.

Antes, tinha estado desde 2004 à frente das manhãs da TVI ao lado de Manuel Luís Goucha. Cristina Ferreira encontrava-se quase no final do contrato com a estação de Queluz quando a SIC iniciou uma abordagem, tendo sido criadas condições para um entendimento.

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