DAMIEN DA SILVA: « SERIA UM SONHO VESTIR A CAMISOLA DA SELEÇÃO NACIONAL »

O franco-português de 30 anos, Damien da Silva, tem estado em destaque na equipa do Rennes nesta época 2018/2019. O defesa-central, que chegou livre durante o verão de 2018 proveniente do Caen, era uma opção para a defesa, no entanto transformou-se num elemento indispensável e num titular indiscutível do Stade Rennais.

 

 

No Campeonato francês da primeira divisão, a Ligue 1, o Rennes tem andado no meio da tabela classificativa, no entanto noutras competições, a equipa da Bretagne tem tido sucesso. Na Taça de França, o clube do central Damien da Silva está nas meias-finais e defronta o Lyon no início de março para um lugar na final, e na Liga Europa, o Stade Rennais, pela primeira vez na sua história, apurou-se para os oitavos de final, aliás nesta quinta-feira, dia 7 de março, decorre a primeira mão com a equipa da Bretagne a receber os Britânicos do Arsenal.

Damien da Silva, que já realizou 37 jogos nesta época com o Stade Rennais e apontou 3 golos, admitiu em declarações ao LusoJornal que gostaria de ter uma oportunidade de representar a Seleção Nacional, ele que se impõe em todos os clubes onde chega quase ‘subestimado’.

 

Cada vez que chega num clube é para ser ‘mais’ uma opção, e acaba sempre por ser um titular indiscutível, o Damien é sempre subestimado?

Sinto-me bem nesse papel. Cada vez que chego a um clube, é para ser ‘mais’ uma solução, e não para ser um titular indiscutível. Eu gosto de estar nessa situação porque consigo subir etapa por etapa e chegar a clubes cada vez melhores. Gosto desses desafios, isso motiva-me. Gosto de mostrar que, cada vez que chego a um clube, consigo elevar o meu nível de jogo. Pouco importa para mim ser subestimado, o mais importante para mim é no fim provar que tenho o nível para estar no clube.

 

No Rennes é um elemento indispensável e ganhou mais visibilidade…

Com as competições europeias, a equipa tem mais visibilidade e eu também tenho mais visibilidade, é uma realidade. É o que eu queria. Caen é um clube que respeito muito, e tenho orgulho em ter representado esse clube, mas não tem a mesma visibilidade que um clube como o Rennes. Queria essa visibilidade, e espero atingir objetivos ainda mais altos.

 

Ser convocado para representar a Seleção portuguesa, seria esse o sonho ‘mais alto’?

Se a oportunidade aparecer, eu quero agarrá-la, nunca escondi essa vontade, esse sonho. Penso de vez em quando nisso, e acho que nunca é tarde. José Fonte chegou tarde à Seleção, é um exemplo para mim, e acredito que posso chegar lá. Ele é um grande defesa e muitas pessoas não entendem porque não foi convocado antes. Eu acredito que pode ser igual para mim, há muitos jogadores que chegam ‘tarde’ às Seleções. Eu estou a chegar tarde ao mais alto nível, mas acredito, e penso, que posso representar a Seleção portuguesa. Portugal tem grandes jogadores, mas gostaria de ter pelo menos uma oportunidade para mostrar o meu valor, nem que seja uma vez. Posso não conseguir afirmar-me, mas talvez consiga. É um verdadeiro desafio. Eu darei tudo se for convocado, para estar ao nível da Seleção. Espero merecer um dia essa oportunidade, trabalho para isso todos os dias. Seria um sonho vestir a camisola da Seleção nacional.

 

Artigo/Entrevista de Marco Martins-Lusojornal.

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