Apoio ao associativismo da diáspora – intervenção do Deputado Carlos Gonçalves
Numa comunicação enviada à Rádio Alfa, o deputado Carlos Gonçalves (PSD, eleito pelo círculo da Europa) diz que « ontem, na Assembleia da República, na audição ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, voltei a interpelar o Governo sobre a necessidade de apoiar o movimento associativo da diáspora que, em consequência dos efeitos da pandemia da Covid-19, conhece um momento de grande dificuldade, estando em causa a sustentabilidade deste sector essencial para a organização dos portugueses residentes no estrangeiro, para a divulgação da nossa língua e cultura e para a promoção de Portugal ».
Refere o parlamentar do PSD que nesta audição retomou a proposta do seu partido de se avançar « com um programa de um apoio excepcional dirigido às associações portuguesas no estrangeiro para fazer face a uma situação, também ela excepcional.
« Mas, acrescenta, esta proposta voltou a não merecer qualquer comentário do Governo ».
« Nesta audição lembrei também que a verba anunciada para os apoios ao movimento associativo para 2020 (projectos apresentados até 31 de Dezembro de 2019 e por isso antes da pandemia) era a de 627 000 euros. Ora, em virtude do não pagamento de subsídios relativos à anulação de iniciativas ou à sua reformulação o montante executado é, segundo o Governo, apenas de 502 000 euros », acrescenta o deputado.
E concluiu deste modo a nota que nos enviou, acusando o Governo de fazer poupanças à custa do movimento associativo da diáspora:
« Assim, o Governo poupou cerca de 125 000 euros o que justificou a minha pergunta sobre a eventual reafectação desta verba em favor do movimento associativo da diáspora. Uma pergunta que também ficou sem resposta. O que ontem ficou claro na audição ao MNE é que num momento em que o nosso movimento associativo conhece um dos momento mais difíceis da sua história a verba disponibilizada para o apoiar é uma das mais baixas dos últimos anos o que, em tempos como o que vivemos, é, em minha opinião, inaceitável. Ou seja, em tempos de pandemia o Governo consegue fazer poupanças à custa do movimento associativo da diáspora ».