Cerimónia simbólica do 10 de Junho será no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, com apenas oito personalidades presentes.
Cerimónia simbólica do Dia de Portugal no Mosteiro dos Jerónimos, organizada pelo Presidente da República Portuguesa, apenas com oito presenças.
A »cerimónia simbólica » comemorativa do Dia de Portugal que se realizará no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, terá apenas oito presenças, incluindo o chefe de Estado e o presidente desta edição do 10 de junho, o teólogo e cardeal Tolentino Mendonça, que serão aliás as duas únicas personalidades que discursarão durante a cerimónia.
A Presidência da República informou ontem, terça-feira, que, além dos dois intervenientes na sessão, haverá seis convidados, que correspondem aos primeiros cinco lugares das mais altas entidades públicas da lista do Protocolo do Estado.
Esta lista é encabeçada pelo chefe de Estado, seguindo-se o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro, os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional, bem como os presidentes do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal de Contas.
O 10 de junho será a primeira data nacional com comemorações da responsabilidade do Presidente da República nesta fase de pandemia de covid-19.
O Presidente da República escolheu o teólogo e poeta madeirense José Tolentino Mendonça, entretanto elevado de arcebispo a cardeal, para presidir à comissão organizadora da edição deste ano das comemorações do 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Estas Comemorações do Dia de Portugal estavam inicialmente previstas para a Madeira e para a África do Sul.
Mas, no final de março, o chefe de Estado comunicou por carta ao presidente da Assembleia da República, ao primeiro-ministro e às autoridades da Madeira a sua decisão de cancelar as comemorações na Madeira e na África do Sul devido à pandemia da covid-19.
Mais tarde, anunciou que o 10 de junho seria assinalado com uma « cerimónia simbólica » no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
De acordo com uma nota divulgada na segunda-feira, o programa terá início no exterior do Mosteiro dos Jerónimos, pelas 11h00, com o içar da bandeira nacional, a execução do hino nacional, 21 salvas de tiros por uma unidade naval da Armada fundeada no rio Tejo e sobrevoo de homenagem por uma esquadrilha de aeronaves F-16 da Força Aérea.
Depois, na Igreja de Santa Maria de Belém, o Presidente da República irá depositar uma coroa de flores no túmulo de Luís Vaz de Camões e guardar « um minuto de silêncio em homenagem aos mortos ao serviço da pátria ».
« Nos claustros do Mosteiro, irá usar da palavra o cardeal D. José Tolentino de Mendonça, presidente da comissão organizadora do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a que se segue a intervenção do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que encerra as cerimónias », lê-se na nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.
Em 2016, ano em que tomou posse como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa lançou um modelo inédito, acertado com o primeiro-ministro, António Costa, em que as celebrações do Dia de Portugal começaram em território nacional e se estenderam Paris, onde reside uma imensa comunidade emigrante portuguesa.
Sobre as razões da sua escolha, o Presidente da República argumentou que a cerimónia do 10 de Junho « ou era assim, pequena, simbólica, ou passava para 500, 600, 700 pessoas, num espaço muito pequeno que é o claustro dos Jerónimos ».
« A alternativa era haver Forças Armadas, centenas de militares, a prestar honras militares, a terem desfile e passagem de revista. Depois, de acordo com o protocolo, centenas de personalidades, como embaixadores e altas individualidades deveriam também ser convidadas », referiu, concluindo: « Foi uma escolha que foi feita ».