O presidente eleito dos Estados Unidos ameaçou esta segunda-feira os grupos palestinianos da Faixa de Gaza, avisando que « o preço a pagar será terrível », se os israelitas sequestrados em Gaza há 14 meses não forem libertados antes da sua investidura.
« Estes responsáveis serão atingidos com uma força nunca antes sofrida por alguém na longa história dos Estados Unidos da América », acrescentou.
Há um ano, 105 reféns vivos foram repatriados no único acordo de troca de prisioneiros até agora. Outros quatro foram depois libertados unilateralmente pelo Hamas e oito resgatados pelas Forças de Defesa de Israel num total de 117.
Israel afirma que 73 dos reféns levados na invasão morreram logo nessa data ou depois, sob custódia do Hamas, e que três foram vítimas de fogo amigo em ataques israelitas. Até setembro, os corpos de 37 reféns haviam sido entregues a Israel e as IDF haviam recuperado os de outros 34, em operações militares .
Esta segunda-feira, o Hamas revelou, sem mencionar nacionalidades, que 33 reféns em Gaza foram mortos durante os meses de guerra entre Israel e os grupos palestinianos do enclave, provocada pela invasão de 7 de outubro que deixou 1,200 civis israelitas mortos.
O Hamas condiciona o fim da guerra a uma retirada total de Israel de Gaza, enquanto Israel exige em troca a entrega dos reféns remanescentes. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra irá continuar até à erradicação do Hamas de forma a que o grupo islamita palestinano deixe de ser uma ameaça.