« Economia de guerra ». Macron pede aos fabricantes que assumam riscos nas exportações de armas

Foto. Emmanuel Macron, 22 março 2023, entrevista na France 2 e TF1 - (Foto de Ilustração) - Rádio Alfa

Macron pede aos fabricantes que assumam riscos perante situação de “economia de guerra”. Com o incentivo para que o crescimento da indústria de defesa avance, o objetivo é produzir cada vez mais rapidamente e também preparar o Exército francês no caso de um grande conflito

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Alfa/com Lusa (adaptação Alfa)linkedin sharing button
whatsapp sharing buttonO Presidente francês, Emmanuel Macron, reúne-se esta terça-feira com representantes da indústria de defesa para fazer um balanço da transição para uma “económica de guerra” e incentivá-los a “assumirem riscos”, especialmente nas exportações de armas.

A presidência francesa (Palácio do Eliseu) divulgou ontem que Macron vai receber nove responsáveis da indústria de defesa, depois de em junho ter pedido uma mudança para uma “economia de guerra”, perante a invasão russa da Ucrânia e a necessidade de enviar cada vez mais armas para Kiev.

Desde então, várias reuniões com fabricantes ocorreram com o ministro das Forças Armadas, Sébastien Lecornu.

Com o incentivo para que o crescimento da indústria de defesa avance, o objetivo é produzir cada vez mais rapidamente e também preparar o Exército francês no caso de um grande conflito.

Desta vez é o próprio chefe de Estado que reúne os responsáveis para garantir que estes prosseguem a « mudança cultural », realçou fonte do Eliseu.

Entre estes estão Nicolas Chamussy (Nexter), Eric Trappier (Dassault Aviation), Pierre-Eric Pommellet (Naval Group), Patrice Caine (Thales) e Guillaume Faury (Airbus), noticiou a agência France-Presse (AFP).

“O Presidente vai obviamente confirmar aos fabricantes que o Estado vai continuar este esforço de defesa e por isso vamos continuar a investir em programas nacionais”, o que lhes garante “visibilidade face às encomendas nacionais”, acrescentou a mesma fonte.

Por parte do Estado, isto significa “o aumento da assunção de riscos”, que irá agilizar os seus procedimentos e reduzir as suas especificações para “obter mais, mais barato e mais rápido”, detalhou o Palácio do Eliseu.

Este aumento de riscos « deve ser acompanhado pelos próprios fabricantes” no caso das exportações, quer para a União Europeia, quer para “muito mais além », vincou a presidência.

“Pedimos aos fabricantes” que sejam “ainda mais agressivos na conquista de novos clientes de exportação” para “sustentar no tempo” estes materiais “que produzimos rapidamente e em grande quantidade”, concluiu.

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