Eixo franco-alemão. Macron e Scholz com « sólida convergência » de pontos de vista em Paris

Macron e Scholz com « sólida convergência » de pontos de vista em Paris

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Alfa/ com Lusalinkedin sharing button
whatsapp sharing buttonO Presidente francês, Emmanuel Macron, disse ontem que a primeira troca de impressões com o novo chanceler alemão, Olaf Scholz, refletiu “uma sólida convergência de pontos de vista » e « um desejo” dos dois países de trabalharem em conjunto.

Macron recebeu em Paris Olaf Scholz, empossado chanceler da Alemanha na passada quarta-feira e que ontem iniciou uma série de visitas inaugurais pela Europa.

A primeira paragem do chanceler alemão, como já é habitual nas relações franco-germânicas, foi a capital francesa.

“Esta visita é um momento muito importante para construir bases sólidas de cooperação entre os nossos dois países. Não só para a relação bilateral, mas para falarmos sobre temas europeus e grandes temas internacionais”, disse Emmanuel Macron aos jornalistas após o almoço com Olaf Scholz no Palácio do Eliseu.

O chefe de Estado francês destacou, entre outras matérias abordadas com Scholz, a proteção das fronteiras europeias externas, uma « resposta conjunta às questões migratórias », as relações com África, mas também com a China.

No encontro, os dois líderes também abordaram a situação de tensão entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as regras orçamentais e o crescimento económico dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).

“É preciso manter este crescimento que foi impulsionado pelo Plano de Recuperação para a Europa. Ao mesmo tempo, temos de trabalhar no reforço da solidez das nossas finanças. Não é algo contraditório”, disse o novo chanceler alemão.

Na quinta-feira, Macron apresentou os objetivos centrais de Paris para a presidência semestral rotativa do Conselho da UE, que irá assumir em janeiro.

A presidência francesa vai ter entre as suas prioridades o crescimento económico e, para investir mais em grandes projetos comuns, aponta a possibilidade de existirem exceções às regras orçamentais instituídas pelos tratados europeus, nomeadamente a regra do défice de 3%, suspensa durante a atual pandemia.

Sobre a tensão nas relações russo-ucranianas, Emmanuel Macron disse mesmo que o Quarteto da Normandia, que reúne a França, Alemanha, Rússia e Ucrânia, deveria continuar a ser utilizado para reduzir as tensões entre os dois países e que uma reunião vai acontecer na próxima quarta-feira, em Bruxelas.

Scholz estará ainda hoje em Bruxelas, onde irá reunir-se com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Ainda na capital belga, Olaf Scholz é recebido pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

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