Emanuel Silva revela « mágoa » por não ser porta-estandarte masculino em Tóquio 

O canoísta Emanuel Silva manifestou hoje a sua « mágoa » por não ter sido o atleta escolhido para ser o porta-estandarte masculino da delegação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020.

« Não sei quais foram os critérios estabelecidos [para a escolha]. Vou para a quinta participação olímpica, tenho quatro diplomas olímpicos, tenho uma medalha olímpica, vários títulos mundiais e europeus. Os atletas em questão [Nélson Évora e Telma Monteiro] já foram porta-estandartes em outras edições dos Jogos Olímpicos. Só queria perceber quais foram os critérios e o chefe de missão agora irá responder se quiser », disse o atleta à margem de uma receção na Câmara Municipal de Braga aos atletas olímpicos da cidade.

Emanuel Silva frisou que « tinha que mostrar publicamente que não estava satisfeito » por não ter sido escolhido como porta-estandarte masculino.

« Não tenho nada contra o Nélson [Évora], pelo contrário, mas queria saber os critérios porque estava completamente convencido que ia ser eu, pelo meu histórico. Se poderei ser em Paris2024? Não sei se não vou acabar a carreira depois de Tóquio e, se terminar, nunca serei porta-estandarte », notou.

Emanuel Silva, de 35 anos, revelou que o facto de não ter sido escolhido « é uma mágoa, uma angústia », mas garantiu que isso « não vai afetar » o seu rendimento e performance em Tóquio.

No sábado, o chefe de Missão de Portugal Tóquio2020 realçou que o critério “foi o de valorizar o mérito desportivo absoluto em contexto olímpico, nuns jogos organizados sob o signo da igualdade de género, simbolicamente assinalada logo na cerimónia de abertura, com a escolha de uma atleta e um atleta para porta-estandarte”.

“Neste contexto, a minha escolha teria sempre de considerar o campeão olímpico Nelson Évora e a medalha de bronze de Telma Monteiro. Esta decisão não invalida que pudessem ser outras as opções, igualmente meritórias, se o critério fosse distinto daquele que foi definido”, disse na ocasião Marco Alves.

A Missão de Portugal conta com oito lugares garantidos na canoagem, com Fernando Pimenta, em K1 1.000 metros, Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela, em K4 500, Teresa Portela, em K1 200, e Joana Vasconcelos, em K1 500, nas provas de velocidades, e de Antoine Launay, em slalom.

Os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para este ano devido á pandemia de covid-19, realizam-se de 23 de julho a 08 de agosto de 2021.

Com Agência Lusa.

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