Esta sexta-feira, um dos temas que está a marcar a atualidade em Portugal é que um casal residente no norte do país é acusado de tráfico de seres humanos, nomeadamente da venda de recém-nascidos.
Diz o Correio da Manhã que uma « mãe » vendeu « 4 bebés por 100 mil euros » que eram comprados por « emigrantes antes de nascerem ».
Já o Jornal de Notícias afirma que « emigrantes compravam bebés às prestações em Portugal » e que os quatro bebés foram vendidos por 80 mil euros para emigrantes portugueses residentes na França, Suíça e Luxemburgo.
Diz o JN que os clientes assumiam a paternidade no registo dos recém-nascidos.
As autoridades confirmam o tráfico. Uma cidadã estrangeira e um cidadão nacional foram detidos pela Polícia Judiciária por estarem indiciados pela prática de quatro crimes de tráfico de seres humanos.
Explica a força de segurança em comunicado enviado às redações que os suspeitos « alienavam crianças recém-nascidas » e falsificavam os respetivos documentos.
Os detidos, de 41 e 45 anos, são residentes na área do Porto e Vila do Conde, com profissão de pasteleira e construtor civil, e mantêm relação comum há cerca de dez anos.
Saliente-se que os crimes ocorreram entre entre julho de 2011 a 2017. Nessa altura, os visados entregaram quatro recém-nascidos mediante os « pagamentos pecuniários e outras contrapartidas a cidadãos residentes no espaço europeu ».
A Polícia Judiciária, no decurso da investigação que durou vários meses, recolheu « acervo de matéria probatória relevante relacionada com os factos em investigação ».