Compras de emigrantes fazem de agosto melhor do que “tempo de Natal”
Alfa – com sapo e JN
O regresso dos emigrantes para férias no nosso país faz com que o comércio reflita essa afluência. Os dados são da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.
A notícia surge poucos dias de pois de António Costa ter anunciado que pretende diminuir a carga fiscal para emigrantes que decidam voltar ao país, uma proposta para atrair o talento português que tem deixado o país desde o início da crise. A medida estará inscrita no Orçamento do Estado para 2019, a ser apresentado até 15 de outubro, e prevê um desconto de 50% no IRS, assim como dedução dos custos de instalação, da viagem de regresso e das despesas com habitação.
Em 2016, a Comissão Europeia referia no seu relatório Monitor da Educação e Formação que, entre 2001 e 2011 a proporção de portugueses com pelo menos o Ensino Superior a sair do país aumentou 87,5%, e mais 40 mil saíram do país entre 2012 e 2014. “As principais razões para emigrar são a baixa taxa de emprego em Portugal durante a crise económica, os baixos salários no país, poucas oportunidades para usar as suas capacidades no mercado de trabalho nacional e poucas perspetivas de avanço na carreira”, lê-se nesse relatório, que refere ainda: “Quase 20% dos emigrantes altamente qualificados portugueses estimam que o seu tempo no estrangeiro vai durar entre seis e dez anos, e 43% assumem que durará mais de dez anos”.