Uma empresa francesa que produz máquinas agrícolas vai investir 8,5 milhões de euros (ME) na construção de uma unidade fabril em Mira, distrito de Coimbra, prevendo criar 250 postos de trabalho diretos.
A Câmara Municipal de Mira vendeu um terreno na Zona Industrial do Montalvo com 120 mil metros quadrados, para a instalação desta unidade fabril, pelo grupo empresarial francês Pellenc.
Segundo o diretor da empresa Pellenc, Romain Serratore, a escolha de Mira para a construção desta unidade fabril deve-se, nomeadamente, ao facto de ser um “local a meio termo entre a indústria que se está a criar e o artesanato que ainda assim se mantém”.
“Para iniciar a atividade o mais rapidamente possível, vamos iniciar com máquinas que já têm sido produzidas viradas para a vinicultura e vamos começar a produzir tudo o que esteja relacionado com árvores, nomeadamente com oliveiras e com amendoeiras e, ainda, com outro tipo de máquinas ainda a desenvolver”, explicou numa conferência de imprensa de apresentação do projeto, hoje, em Mira, Romain Serratore.
A empresa prevê início da sua atividade em Mira para o final do verão de 2022, e estima ter um volume de negócio de 25 milhões de euros e criar 250 postos de trabalho diretos, dois anos depois da sua abertura.
“Há cada vez mais população no planeta e cada vez menos mão de obra manual, daí a importância da mecanização do processo”, acrescentou.
A empresa francesa Pellenc, fundada em 1973, prevê com esta nova fábrica vender máquinas não só para o mercado nacional, mas também para o mercado internacional.
“Aquilo que pretendemos construir em Portugal é o seu centro de excelência para as máquinas agrícolas”, sublinhou.
A empresa tem sede em Mira e Olivier Foti é o diretor do grupo Pellenc em Portugal.
A nova fabrica vai contar com mão de obra especializada, técnicos superiores e engenheiros.
O projeto foi aprovado pelo município de Mira, que considera que a construção desta fábrica na Zona Industrial do Montalvo será uma “alavanca para aquela zona do concelho”, tendo em conta que se trata de uma zona com “problemas de desertificação”.
O presidente da Câmara, Raul Almeida, adiantou que em termos de infraestruturação da própria zona industrial irá proceder às obras que são financiadas em 85% por fundos comunitários, que conta com um investimento de 1,8 milhões de euros.
“Ainda este mês vão ter início o trabalho de construção, de regularização do terreno e depois de construção da fábrica”, concluiu.
Com Agência Lusa.