Uma equipa de resgate foi acionada para localizar quatro espeleólogos portugueses de Valongo, que estão desde sábado na gruta de Cueto-Coventosa, em Espanha. Nível da água dificulta os trabalhos de socorro.
Estamos à espera que baixem os níveis da água, para depois subirmos ao encontro dos quatro portugueses que, em princípio, estão bem e à nossa espera », disse à agência Lusa Martín González Hierro, da Fundação Espeleosocorro Cántabro (ESOCAN), que comanda a ação de resgate dos quatro espelógos portugues de Valongo, perto do Porto.
González Hierro explicou que a equipa de auxílio está no local, na gruta de Cueto-Coventosa, na Cantábria, desde as 20.00 (19:00 em Lisboa) de domingo, depois de o pedido de socorro ter sido acionado.
Os quatro portugueses pertencem ao Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo, região do Porto.
Quatro especialistas da equipa de espeleologia de resgate conseguiram aceder à gruta no domingo, no município cantábrico de Arredondo, depois das 22:00 (21:00 em Portugal Continental), embora só tivessem conseguido avançar cerca de 50 metros devido ao nível de água, pelo que aguardam a descida da água à entrada da gruta.
O serviço de emergência do governo da Cantábria, que coordena a operação, informou em comunicado que os especialistas indicaram que a água está a baixar no interior da gruta a uma velocidade de 10 centímetros por hora, muito mais lentamente do que se previa inicialmente.
Na entrada da área dos três lagos, a equipa de resgate instalou um ponto de acampamento, aguardando a diminuição do nível da água.
A previsão da Agência Estatal de Meteorologia é de chuvas fracas durante a manhã, sem registo de pluviosidade à tarde, com o tempo a agravar-se na próxima terça-feira.
A equipa de resgate deverá instalar esta segunda-feira cordas e corrimões se o nível da água não baixar.
Os quatro portugueses procurados entraram no sábado pela entrada de Cueto às 11:00 (10:00 em Lisboa), de acordo com o serviço de emergência espanhol, citado pela EFE.
Na ausência de notícias dos espeleólogos, outros três companheiros entraram ao meio-dia (11:00 em Lisboa) de domingo por Coventosa para ver se os encontravam, mas o elevado nível da água impossibilitou que prosseguissem a marcha.
Assim, às 16h30 (15:30 em Lisboa), notificaram o centro de coordenação do 112, a partir do qual foi mobilizado o dispositivo de resgate.
A operação integra a equipa de espeleologia da Cantábria (ESOCAN), além de técnicos da Direção Geral do Interior do governo da Cantábria, agentes da Guarda Civil e voluntários da Associação de Proteção Civil de Arredondo.
Alfa/DN/Lusa