Estudo: Estradas do Algarve têm pouca segurança

Estudo pede pequenas obras que podem travar muitos acidentes com vítimas no Algarve.

Foto: André Vidigal/Global Imagens

Pouca e má sinalização vertical e horizontal nas estradas. O problema, que parece simples e barato de resolver, é um dos principais detetados por um estudo do Observatório do Automóvel Clube de Portugal (ACP) à segurança das estradas do Algarve.

Só na Estradas Nacional 125, onde, como sublinha o presidente do ACP, existem 54 rotundas entre Faro e Portimão (em 65 quilómetros), contaram-se 84 mortos nos últimos 8 anos.

Os problemas detetados

O estudo agora concluído e a que a TSF teve acesso, detetou deficientes condições de segurança rodoviária em zonas com muito tráfego automóvel e pedonal, além um sistema viário que « estimula a adoção de velocidades de circulação pouco moderadas », com inúmeras zonas a serem propícias a « conflitos » entre carros e pessoas em atravessamentos pedonais.

Condutores e peões têm um « elevado grau de exposição dos utentes ao risco, como resultado quer do volume elevado do tráfego de atravessamento, aliado à percentagem significativa de tráfego pesado de mercadorias, agravado muitas vezes pela indisponibilidade de espaço para a circulação formal de peões ».

O Algarve está ainda marcado por um « grave problema ao nível do estado de conservação da sinalização rodoviária, nomeadamente sinalização horizontal, ao nível das guias e linhas de separação de vias ».

Finalmente, o pavimento tem « muitos troços e em extensões consideráveis fendilhado sofrendo também de graves depressões e abatimentos em zonas de curva », além « da falta de limpeza das vias de um modo geral e da vegetação nas bermas em especial », numa vegetação que cresce e acaba por tapar a visão da sinalização rodoviária vertical.

Soluções são baratas

Em resposta às falhas anteriores, o ACP garante que bastam pequenas obras em seis zonas consideradas críticas, sobretudo situadas na EN125 mas também na EN2, EN295, EN396 e IC1, para resolver a maioria dos problemas. Intervenções que custariam, ao todo, perto de 150 mil euros.

O presidente do ACP, Carlos Barbosa, defende que a EN125 é uma estrada perigosíssima e não tem condições de segurança para o tráfego que tem.

A maioria das obras, de pequena monta mas que segundo o estudo podem fazer toda a diferença, pretendem resolver as falhas detetadas, por exemplo em cruzamentos mal sinalizados, com sinalização horizontal e vertical mal feita.

O trabalho do ACP foi enviado aos municípios do Algarve pois muitas das intervenções podem ser feitas pelas autarquias.

 

Alfa/TSF

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