Democratas vencem no Arizona e mantêm controlo do Senado dos EUA; Na Câmara dos Representantes, os republicanos ainda podem conquistar a maioria.
Segundo projeções da agência Associated Press (AP), Cortez Masto tinha recebido até sábado o número de votos suficiente para garantir a vitória sobre o candidato republicano Adam Laxalt, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump.
A democrata, a primeira mulher hispânica a ser eleita para o Senado, tinha uma vantagem de milhares de votos face a Laxalt, sendo que a maioria dos boletins ainda por contar vêm do condado de Clark.
O republicano Adam Laxalt tinha reconhecido, na rede social Twitter, que “a janela de vitória se reduziu”, uma vez que Clark, que inclui a cidade de Las Vegas, é um condado tradicionalmente democrata.
A contagem de votos levou vários dias, em parte por causa do sistema de votação por correio criado pelo parlamento estadual do Nevada em 2020, que exige que os condados aceitem votos enviados no dia da eleição (terça-feira), se chegarem até quatro dias depois.
Catherine Cortez Masto concentrou a sua campanha para o Senado na crescente ameaça ao acesso ao aborto em todo o país e prometeu um caminho permanente para a cidadania norte-americana aos imigrantes indocumentados que chegaram ao país antes dos 18 anos.
Com a vitória de Cortez Masto confirmada, os democratas conseguem 50 assentos no Senado, mais um que os republicanos, num total de 100 assentos em disputa.
Mesmo que os republicanos vençam o último lugar ‘disponível’, que está a ser disputado no estado de Geórgia, só conseguirão um empate a 50 lugares no Senado. Nessa situação, algo que acontece atualmente na câmara alta do Congresso, a vice-Presidente Kamala Harris (democrata) fica com o voto de desempate.
Com o controlo do Senado, os democratas garantem um processo mais suave para as nomeações do executivo e escolhas de juízes, incluindo aquelas para possíveis lugares no Supremo Tribunal, nos dois últimos anos do mandato do Presidente Joe Biden.
O Senado poderá ainda rejeitar qualquer legislação aprovada pela câmara baixa do Congresso, a Câmara dos Representantes, onde os republicanos ainda podem conquistar a maioria.
Com 435 cadeiras em jogo e a contagem de votos ainda em andamento, as projeções da AP colocam os republicanos à frente, concedendo-lhes 211 assentos e 203 aos democratas, sendo 218 necessários para formar uma maioria na Câmara de Representantes.
Ao quinto dia de contagem de votos, os republicanos ainda lideram a corrida pela maioria na câmara baixa, mas têm perdido ‘velocidade’ para os democratas.
À medida que a contagem continua, particularmente em estados que aderiram massivamente ao voto por correspondência, os democratas têm vencido a maior parte das disputas mais apertadas.