O antigo presidente da Académica José Emílio Campos Coroa faleceu na madrugada desta segunda-feira, aos 67 anos, vítima de doença prolongada, informou um amigo da família.
“Campos Coroa era um homem apaixonado pela vida e, para além do seu amor por Coimbra, cidade adotiva, tinha um grande amor que era a Académica”, disse Carlos Cidade, que foi seu vice-presidente durante aquele mandato.
Fernando Pompeu, seu antigo adjunto, disse à agência Lusa que Campos Coroa “era um emblema do futebol da Académica e uma personalidade muito carismática, com um coração enorme e uma paixão pela Académica, que, às vezes, era quase irracional”.
“Costumava dizer que não jogava no Totobola porque colocava sempre a Académica a ganhar e, mesmo que o jogo fosse em casa do FC Barcelona, metia os ‘estudantes’ a vencer”, sublinhou o empresário, que chegou também a ser chefe do departamento de futebol do clube.
Salientando que Campos Coroa era como um irmão, Fernando Pompeu, que integra a atual direção da « briosa », destacou a “personalidade invulgar, que deixou amizades em todo o futebol português”.
“Estive sempre com ele na Académica, desde o primeiro ao último minuto do seu mandato”, frisou, lembrando ainda a subida à I Liga de futebol na época 2001/02 e o início da construção da academia do clube nos Campos do Bolão.
Filho de pais algarvios, de Faro, que estudaram em Coimbra e se fixaram na cidade, Campos Coroa nasceu em Coimbra em 15 de agosto de 1954 e licenciou-se em medicina, tendo optado pela especialidade de oftalmologia.
Segundo Carlos Cidade, ex-presidente da Comissão Política Concelhia do PS, antes do 25 de abril de 1974 já era militante socialista.