Família, amigos e colegas entre milhares no último adeus aos irmãos

Pallbearers carry the caskets of late Portugal's player Diogo Jota and his brother Andre Silva during their funeral, in Gondomar, Portugal, 05 July 2025. Jota and his brother died in a car accident in Spain on 03 July 2025. MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA

As cerimónias fúnebres de Diogo Jota e do irmão André Silva decorreram hoje em Gondomar, com família, amigos, antigos colegas de equipa e milhares de civis no último adeus aos futebolistas.

Apesar de o funeral ser privado, um grande aglomerado de pessoas foi-se juntando em torno do perímetro policial, num clima de enorme pesar, quando ainda faltavam algumas horas para o arranque da cerimónia, marcada para as 10:00 (11h em Paris).

Ainda durante o início da manhã de hoje, o velório esteve aberto a família e amigos, à semelhança do que havia acontecido durante a sexta-feira, a partir das 19:30.

Várias figuras do futebol fizeram questão de ir chegando à capela, incluindo um forte contingente de jogadores internacionais portugueses, entre os quais Rúben Neves e João Cancelo, que na sexta-feira jogaram no Mundial de clubes pelo Al Hilal, nos Estados Unidos, e viajaram para Portugal logo de seguida.

No grupo estavam incluídos muitos atletas que partilharam balneário com Diogo Jota – Bernardo Silva, Bruno Fernandes, João Félix, José Fonte, Danilo Pereira, André e Ricardo Horta eram alguns dos integrantes.

Da parte da seleção portuguesa, também o selecionador nacional, Roberto Martínez, e uma comitiva da Federação Portuguesa de Futebol foram dos primeiros a chegar.

O Liverpool, último clube de Diogo Jota, também se fez representar por vários jogadores do plantel e altos quadros de dirigentes do clube, sob um coro de aplausos.

Também antigos jogadores do emblema britânico, como o inglês Jordan Henderson e os brasileiros Fabinho e Thiago Alcântara, estiveram presentes no último adeus a Jota.

Já o plantel do Penafiel, em que alinhava André Silva, também acorreu em peso à cerimónia, tendo ficado encarregue de transportar o caixão do antigo colega de equipa em direção à Igreja Matriz de Gondomar, onde decorre o funeral.

Por sua vez, o caixão onde repousa Diogo Jota foi transportado por familiares e também pelo melhor amigo Rúben Neves.

Nas imediações do local, também é visível um forte contingente da comunicação social portuguesa, britânica e internacional, refletindo o impacto que a tragédia teve a nível mundial.

Face às limitações logísticas, foi instalado um sistema de altifalantes para que os milhares presentes à porta da igreja pudessem ouvir a cerimónia.

Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, morreram na quinta-feira de madrugada, num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.

O avançado internacional português jogava no Liverpool, emblema que representava há cinco épocas e pelo qual venceu uma Liga inglesa, uma Taça de Inglaterra e duas Taças da Liga, sagrando-se ainda campeão do Championship, o segundo escalão inglês, com o Wolverhampton.

Depois da formação no Gondomar e no Paços de Ferreira, o avançado representou por uma época o FC Porto, por empréstimo do Atlético de Madrid, sendo depois cedido pelos espanhóis ao Wolverhampton, no qual esteve três temporadas.

Na seleção portuguesa, Diogo Jota somou 49 internacionalizações e 14 golos, tendo conquistado duas edições da Liga das Nações, a mais recente no mês passado, em Munique.

 

Com Agência Lusa.

 

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