Ana Gomes tomou a vacina da gripe que amiga lhe trouxe de França (o que é proibido, lembra Infarmed) – imforma o jornal Público
A candidata socialista às presidenciais “fartou-se” de esperar pela chegada da vacina e tomou uma dose que uma amiga lhe trouxe de França. Mas Infarmed diz que é proibido e que pode ser perigoso, informa o jornal Público.
Twitter. A candidata à Presidência da República Ana Gomes revelou ontem no Twitter que, depois de três meses em lista de espera, ficou “farta de esperar” pelo contacto da farmácia a dar conta de que a sua dose da vacina contra a gripe estava finalmente disponível e decidiu tomar uma vacina que uma amiga lhe trouxe de França. A candidata socialista de 66 anos quis denunciar a existência de vacinas “reservadas para certas pessoas, de certas empresas”, mas acabou por involuntariamente confessar que tinha cometido uma ilegalidade – o Infarmed, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP, recorda que a importação de medicamentos para uso pessoal é proibida e que existem “riscos para a saúde” associados a essa prática.
O Público revela que, numa nota do Infarmed enviada ao jornal Observador, o regulador é claro: “A importação de medicamentos para uso próprio pelos utentes não tem suporte legal e acarreta riscos para a saúde dos consumidores.” Além disso, prossegue a nota, “podem não estar garantidas as condições de segurança, qualidade e eficácia exigíveis para um medicamento, quer durante o processo de aquisição, quer durante o próprio transporte”. Por isso, conclui que “os consumidores só podem adquirir medicamentos nas farmácias (comunitárias e hospitalares) e nos locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.”
Ao mesmo jornal, Ana Gomes garante que não sabia da ilegalidade. “Não tenho conhecimento, ninguém me disse que era ilegal”, afirmou.