A obra “As ilhas encantadas” (1965), do realizador Carlos Villardebó, um “filme luminoso e onírico” protagonizado por Amália Rodrigues, vai ser exibida em outubro no Festival Lumière, em Lyon, França, revelou hoje a Cinemateca Portuguesa.
Este festival, dedicado ao património cinematográfico, exibirá uma cópia restaurada e digitalizada de “As Ilhas Encantadas”, no âmbito do programa FILMar, com financiamento europeu pelo mecanismo EEAGrants.
Produzido por António da Cunha Telles e rodado na Madeira, “As ilhas encantadas” é a única longa-metragem do realizador luso-francês Carlos Villardebó e adapta uma obra homónima de Herman Melville.
A Cinemateca lembra que José Cardoso Pires, a realizadora Jeanne Villardebó e o ensaísta Raymond Bellourd colaboram na adaptação da história.
A interpretação coube à fadista Amália Rodrigues e ao ator francês Pierre Clémenti, nos papéis de dois náufragos descobertos num arquipélago vulcânico e salvos pela tripulação de um navio explorador.
“O seu salvamento significou, porém, a interrupção de uma história de amor improvável” entre a jovem Hunila (Amália Rodrigues) e um marinheiro francês (Pierre Clémenti), lê-se na sinopse.
Para a Cinemateca, a exibição deste filme em Lyon, a cidade “onde o cinema foi inventado” pelos irmãos Lumière, representa a “redescoberta das diferentes dimensões de atriz de Amália Rodrigues e do contributo de um realizador para o mistério à volta da sua personalidade cinematográfica”.
O festival Lumière decorrerá entre os dias 14 e 22 de outubro em Lyon.
Anteriormente, a Cinemateca Portuguesa apresentou neste festival cópias restauradas dos filmes “O táxi Nº9297” (1927), de Reinaldo Ferreira, o filme coletivo “As armas e o povo” (1975), e “O movimento das coisas” (1985), de Manuela Serra.
Com Agência Lusa.