A Febre e O Fim do Mundo venceram os principais prémios do festival IndieLisboa 2020.
As longas metragens da brasileira Maya Da-rin e do luso-suíço Basil da Cunha conquistaram os dois principais prémios do festival lisboeta.
“O Fim do Mundo”, de Basil da Cunha – nascido na Suíca em 1985, filho de pai português e de mãe suíça -, que o festival de Locarno selecionou para competição, em 2019, recebeu o Prémio de Melhor Longa Metragem Portuguesa e também o Prémio Árvore da Vida para Melhor Filme Português, da Pastoral da Cultura.
O júri destacou que o filme é uma “acusação clara e direta a um sistema injusto”, através de uma história que decorre no bairro da Reboleira, um bairro « difícil » da periferia de Lisboa.
« O Fim do Mundo » conta a história de Spira (Michel David Pires Spencer), que passa oito anos num centro de detenção infantil e retorna para a Reboleira, uma « favela » de Lisboa, para tentar recomeçar a sua vida. Os seus amigos de infância, Giovani (Marco Joel Fernandes) e Chanti (Alexandre Da Costa Fonseca) ainda estão lá, mas o chefe do tráfico local não está muito contente com a volta do rapaz…
No fundo, como Basil disse há algum tempo, é “um filme da Reboleira.”
Basil da Cunha nasceu em Morges, na Suíça – e tem as nacionalidades suíça e portuguesa. Disse, durante o festival, que se considera sobretudo português.
Na foto, o realizador com uma das atrizes do filme no Festival de Locarno: