Forças Armadas defendem discurso sobre ‘perdas’ em guerra futura

Porta-voz do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, coronel Guillaume Vernet.

O porta-voz do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, coronel Guillaume Vernet, voltou hoje a comentar a frase polémica do general Fabien Mandon, que no Congresso dos Autarcas afirmou que a França deve “aceitar perder os seus filhos” numa eventual guerra de alta intensidade.

Segundo Vernet, o general usou a expressão para lembrar que as Forças Armadas são “filhas da Nação” e que qualquer conflito moderno implica inevitavelmente perdas humanas, impactos económicos e esforço coletivo. O porta-voz sublinha que Mandon falou a pedido dos autarcas e que “não disse nada de novo”. Ele acrescenta: “Un pays qui ne comprend pas ça est un pays faible”, defendendo assim os comentários do general.

Vernet insiste que, apesar dos fortes recursos militares e industriais, a França precisa também de força moral na sociedade — aquilo que o general designa como “força de alma”.

A declaração “perder os nossos filhos” gerou críticas de todo o espectro político, de Jean-Luc Mélenchon a Gabriel Attal. O deputado François Ruffin pediu mesmo explicações à ministra das Forças Armadas sobre se o discurso tinha sido validado pelo Presidente da República.

Com Agências.

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